metropoles.com

Ex-governador Agnelo Queiroz vira réu por propina em doações para PT

A Justiça Eleitoral do DF recebeu denúncia do MP contra Agnelo Queiroz sobre suposta propina de R$ 300 mil. O ex-governador nega

atualizado

Compartilhar notícia

FELIPE MENEZES/METRÓPOLES
Ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT)
1 de 1 Ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT) - Foto: FELIPE MENEZES/METRÓPOLES

O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) virou réu por supostamente pedir propina de R$ 300 mil em doações eleitorais para o PT.

O juiz titular da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, Lizandro Garcia Gomes Filho, recebeu a denúncia do Ministério Público Eleitoral contra Agnelo pelo crime de falsidade ideológica eleitoral, na última segunda-feira (2/10). Agnelo, então, tornou-se réu e vai responder no processo judicial.

Segundo a denúncia do MP, o ex-governador pediu propina de R$ 300 mil para as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, responsáveis pela reforma do Estádio Mané Garrincha. O dinheiro de suposta origem ilícita teria sido repassado por meio de contribuição eleitoral para o PT.

O MP enfatizou que o delito está inserido em contexto de “ocultação/ilusão/fraude da origem e natureza dos valores ilícitos, mediante a utilização do sistema eleitoral brasileiro para mascarar a origem espúria e com isso assegurar a execução e a consumação do delito eleitoral, uma vez que a verdadeira origem dos valores não foi devidamente declarada à Justiça Eleitoral”.

Ao receber a denúncia, o juiz disse que “o indício de materialidade encontra-se adequadamente delineado a partir do Relatório Final realizado pela Autoridade Policial no Inquérito Policial 1095/2016, destacadamente sobre os indícios de que Agnelo Queiroz pediu o pagamento de propina em favor do Partido dos Trabalhadores.”

O ex-governador disse à coluna que a ação do MP “não tem nenhuma procedência e não há nenhuma acusação de delator nesse sentido”.

“O que existe é contribuição de empresa ao partido na eleição municipal de 2010. A contribuição foi feita ao PT, como a lei permitia e conforme consta em declaração do partido aprovada pelo Tribunal Eleitoral. Me acusar de recebimento de vantagem é mais uma ação explícita de perseguição”, disse Agnelo.

Histórico

Inicialmente, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Agnelo Queiroz, o ex-vice-governador, Tadeu Filippelli, Afrânio Roberto de Souza, Fernando Márcio Queiroz, Jorge Luiz Salomão e Luiz Carlos Barreto de Oliveira Alcoforado por crimes de associação criminosa, corrupção ativa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Panatenaico.

Porém, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) declarou a incompetência da Justiça Federal para julgar o caso e determinou o envio do processo para a Justiça Eleitoral.

Na ação em que agora Agnelo responde por falsidade ideológica eleitoral, apenas ele foi denunciado, até o momento. O juiz Lizandro Garcia Gomes Filho abriu vista para o MP Eleitoral se manifestar sobre ratificação da denúncia apresentada contra Filippelli, na Justiça Federal, ou para que informe prescrição do crime eleitoral contra o ex-vice-governador, no prazo de 60 dias.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?