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DF perdeu 27% dos médicos da rede pública em 10 anos

O efeito da redução de médicos é o contingenciamento do atendimento, fechamento de serviços, sobrecarga dos profissionais, aumento da fila

atualizado

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Igo Estrela/Especial para Metrópoles
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1 de 1 Hmib - Foto: Igo Estrela/Especial para Metrópoles

O número de médicos de sete especialidades da rede pública de saúde do Distrito Federal caiu de 27% em 10 anos. Em 2014, a capital do país tinha 5.646 anestesistas, clínicos, ginecologistas, oncologistas, pediatras, psiquiatras e radiologistas. Atualmente, são apenas 4.117, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF).

O efeito da redução do número de médicos é o contingenciamento do atendimento, fechamento de serviços, sobrecarga dos profissionais, aumento das filas de espera por consultas e procedimentos, entre outros problemas, segundo o sindicato.

“Casos emblemáticos desses problemas ocorrem de forma generalizada e afetam o conjunto da rede pública de Saúde. Podemos citar como exemplos o fechamento do serviço ambulatorial voltado para pacientes autistas no Hospital São Vicente de Paulo e o fechamento das emergências de pediatria e clínica médica no Hospital do Gama”, disse o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

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O número de psiquiatras caiu de 127 para 98 nos 10 anos e o de anestesista saiu de 309 para 212, por exemplo. Já a quantidade de clínicos foi reduzida de 893 para 484.

Embora a quantidade de especialistas na rede pública tenha reduzido no período analisado, o número de médicos cresceu no DF. Em 2011, havia 10,3 mil profissionais com registro ativo no Conelho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). Atualmente, esse número é de 18,9 mil.

O SindMédico-DF diz que há interesse dos profissionais de ingressarem na rede pública, mas houve, nos últimos anos, “degradação paulatina na oferta de condições de trabalho e remuneração”.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF disse que tem atuado na renovação e aumento do quadro de servidores. “Foram nomeados em 2023, 747 médicos de diversas especialidades, 241 enfermeiros e 132 cirurgiões dentistas”, disse.

“Além do chamamento de novos profissionais, a pasta trabalha também com ampliação das cargas horárias, buscando sempre o melhor atendimento para os pacientes”, afirmou a pasta.

Segundo a secretaria, “é importante frisar que os servidores solicitam exoneração pelos mais diversos motivos, principalmente, por razões pessoais”. “A Secretaria de Saúde, por intermédio dos seus programas de Qualidade de Vida no Trabalho, atua para que os servidores tenham boas condições laborais e se sintam motivados para desempenharem suas atividades da melhor forma possível.”

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