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Com evasão de auditores, Fisco do DF corre risco de “apagão”, dizem entidades de classe

Associação e sindicato que representam auditores fiscais do DF afirmam que profissionais têm deixado a carreira por desvalorização

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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1 de 1 operacao auditor fiscal 1 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Associação dos Auditores Tributários (Aafit) e o Sindicato dos Auditores da Receita do Distrito Federal (Sindifisco-DF) alertam para um risco de “apagão” na área de arrecadação, com a evasão de servidores.

As instituições destacam que profissionais têm deixado a carreira de auditor fiscal, diante da desvalorização da carreira, com salários mais baixos em relação aos de outras partes do país, e em razão de aposentadoria. Elas também criticam o “esvaziamento da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal”.

O levantamento sobre a remuneração dos auditores fiscais mencionado pelas entidades mostra que os salários dos profissionais do DF ocupam a 22ª posição em relação ao pago nas demais unidades da Federação. Na capital do país, os servidores da carreira recebem, aproximadamente, R$ 17,9 mil em valor líquido.

De janeiro a maio, 32 auditores fiscais aprovados no último concurso deixaram os cargos, segundo o presidente da Aafit e do Sindifisco-DF, Rubens Roriz. “No início do ano, tínhamos 529 profissionais. Hoje, são 497”, afirma.

O presidente destacou que o quadro de profissionais corre o risco de se reduzir ainda mais, em breve, porque cerca de 100 auditores fiscais poderão se aposentar.

“Precisamos ter um salário compatível, para que os novos profissionais fiquem. Também necessitamos de uma política de recomposição, a partir dos que vão se aposentando. Se falar em número ideal, seriam em torno de 600 auditores para tocar o Fisco do DF”, acrescenta Rubens Roriz.

As duas instituições consideram que o Fisco do Distrito Federal enfrenta um cenário preocupante, porque, além da evasão de servidores, a arrecadação de receitas no primeiro trimestre deste ano caiu R$ 300,7 milhões, em comparação com o mesmo período de 2022.

“Ante uma temerária queda de arrecadação, de [eventual] limitação na correção das receitas advindas do Fundo Constitucional do DF e do equivocado esvaziamento das atribuições da Secretaria de Fazenda, vivencia-se um cenário que traz grandes inquietações quanto ao equilíbrio financeiro do GDF [Governo do Distrito Federal] e, por consequência, à capacidade de realização das políticas públicas”, ressalta trecho de nota divulgada pela Aafit e pelo Sindifisco-DF.

A coluna Grande Angular questionou o GDF sobre as alegações das instituições de classe, mas não teve resposta até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

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