metropoles.com

Celina anuncia envio do reajuste de 18% da PCDF, PMDF e CBMDF

A governadora em exercício do DF, Celina Leão, disse que Fundo Constitucional do DF comporta o aumento salarial de 18%

atualizado

Compartilhar notícia

Isadora Teixeira/Metrópoles
Fotografia colorida de plateia em frente a grupo de pessoas em palco
1 de 1 Fotografia colorida de plateia em frente a grupo de pessoas em palco - Foto: Isadora Teixeira/Metrópoles

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), assinou a proposta de reajuste de 18% nos salários dos policiais civis, militares e bombeiros do DF.

Em pronunciamento ao lado de deputados distritais e federais, na tarde desta terça-feira (28/2), Celina Leão assinou o ofício com o pedido de aumento e a exposição de motivos, com a justificativa para o reajuste.

Celina disse que a proposta de reajuste dos policiais e bombeiros foi construída em conjunto com parlamentares e representantes das categorias. Ela afirmou que o Fundo Constitucional do DF (FCDF) comporta o reajuste de 18%.

“Tivemos um reajuste de 42% no Fundo Constitucional. Mas, o que podemos ter? Uma bolha que pode, no ano que vem, levar à queda de até 24%. Então, temos de dar reajustes que se mantenham com políticas conservadoras na prática de cálculos financeiros. Não quero ser a governadora em exercício que dá aumento e, no ano que vem, o FCDF não comporta e não sabemos de onde vamos tirar dinheiro”, afirmou.

Celina disse que já teve um contato prévio com o governo federal sobre o reajuste das forças de segurança e tem “certeza de que a recepção é com bons olhos”. “Não é nada novo, e se trata de algo que já havia sido enviado ao governo federal no ano passado. Falo como base aliada do governo passado e foi uma pena não ter encaminhado o reajuste, porque os nossos policiais mereciam e merecem. Novamente, fazemos apelo ao governo federal que receba [a proposta de reajuste] com carinho”, frisou.

O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, afirmou que as forças policiais do DF são as melhores do país. Segundo Avelar, os atos antidemocráticos de 8 de janeiro “expuseram o DF às opiniões que, muitas vezes, não refletem o trabalho das corporações na história”.

“O governo continua atento no sentido de valorizar cada vez mais as categorias. Este [pedido de aumento de 18%] é um passo histórico e não será o único”, declarou.

Segundo a análise técnica do Governo do DF, o aumento de 18% para os policiais civis, militares e bombeiros terá impacto anual de R$ 1.457.327.439,79.

O GDF quer deixar claro ao governo federal que o incremento não terá impacto para a União e pode ser comportado dentro do atual orçamento do Fundo Constitucional do DF (FCDF), que custeia a segurança da capital federal. Em 2023, o FCDF tem verba de R$ 23 bilhões.

Após o encaminhamento da mensagem com pedido de reajuste pelo GDF, caberá à Presidência da República dar andamento ao aumento, caso queira. Como a segurança é paga pelo FCDF, com recursos da União, é preciso do aval do governo federal e do Congresso Nacional.

O desafio agora é político, e não orçamentário. Caberá ao GDF e à bancada do DF no Congresso Nacional articular junto aos parlamentares dos Estados e ao governo federal a aprovação do reajuste.

O deputado federal Rafael Prudente (MDB-DF) disse à coluna que toda a bancada do DF no Congresso, composta por oito deputados e três senadores, “estará 100% imbuída para dar resposta às forças de segurança”.

O deputado Fred Linhares (Republicanos-DF) afirmou que os atos de 8 de janeiro revelaram o quão importante é valorizar as corporações do DF, que estão defasadas. No dia em questão, extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

“As polícias do DF já foram as mais bem pagas do país. Sem um salário equiparado com as demais unidades da Federação, a gente não consegue motivá-las”, afirmou.

O coronel da reserva da Polícia Militar do DF (PMDF) e deputado federal, Alberto Fraga (PL-DF), brincou que, desta vez, não irá atrapalhar a Polícia Civil. Em pedidos de reajuste anteriores, Fraga brigou por paridade entre os salários dos policiais militares e civis.

“Agora, temos de lutar com o governo do PT para saber quando será concedido o aumento. Espero que seja imediato”, afirmou Fraga.

A última recomposição na remuneração das forças de segurança, de 8%, foi concedida em dezembro de 2019. À época, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu o aumento por meio de medida provisória, que foi aprovada pelo Congresso cinco meses depois.

No caso da Polícia Civil do DF, os servidores cobram a paridade histórica com a Polícia Federal, perdida nos últimos anos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?