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Banco do Brasil cobra R$ 5,8 milhões de dono da Axiomas após calote

Apesar de contratos milionários do GDF com dono da Axiomas, Godofredo, a Justiça do DF encontrou apenas R$ 5,3 mil nas contas do empresário

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto colorida do prédio do Banco do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do prédio do Banco do Brasil - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Axiomas Brasil, Pesquisa, Cursos e Consultoria e o proprietário da empresa, Godofredo Gonçalves Filho, são cobrados em processo judicial, há 10 anos, por um calote de R$ 1,4 milhão no Banco do Brasil.

Godofredo pegou empréstimo de R$ 1,4 milhão com o Banco do Brasil, em nome da empresa Axiomas, e não pagou o crédito. De acordo com a ação que tramita na 3ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília, desde 2014, o valor atualizado da dívida chega a R$ 5,8 milhões.

Nesses 10 anos de cobrança, a Justiça do DF determinou varredura nas contas bancárias e nos bens de Godofredo, mas só encontrou R$ 5,3 mil em 2013 e, posteriormente, um lote de R$ 42,2 mil em Bela Vista de Goiás (GO) e três carros – dos quais dois já tinham sido vendidos, conforme alegou o empresário.

Oito anos após o início da ação, em 2022, Godofredo e a Axiomas indicaram 158 equipamentos eletrônicos para penhora. Segundo laudo de perito particular apresentado pelos dois, os itens estavam avaliados em R$ 2,2 milhões. Até hoje, porém, o processo judicial está em andamento, sem quitação da dívida.

As empresas ligadas a Godofredo Gonçalves Filho, 39 anos, receberam R$ 164 milhões da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda; da Secretaria de Esporte e Lazer; e da Secretaria da Mulher do Distrito Federal, entre 2021 e 2024, de acordo com o Portal da Transparência do DF.

Axiomas, que deu o calote no Banco do Brasil, é alvo de uma tomada de contas especial no TCDF que aponta prejuízo de R$ 18,8 milhões aos cofres públicos em um contrato com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), de 2013.

A área técnica da Corte de Contas analisou o contrato da Axiomas com a FAP-DF, para mapeamento digital que subsidiaria programas sociais de inclusão tecnológica, e apontou que a pesquisa supostamente feita pela Axiomas era “muito mal elaborada” e inútil para o governo.

O relatório da Secretaria de Contas do TCDF, de maio de 2023, destaca que a Axiomas “descumpriu o previsto no termo de referência, uma vez que entregou relatórios e produtos diferentes do previsto, notas fiscais que não condizem com o produto entregue e que a base de dados fornecida não possibilita a validação dos resultados e a comprovação de que a pesquisa foi realmente realizada”. O processo ainda tramita na Corte de Contas.

Empresas

Godofredo é dono da Axiomas e presidente do Instituto Axiomas Brasil, também chamado de Instituto Capital, uma associação privada que tem como diretora Andreia Nunes do Espírito Santo.

A Axiomas recebeu R$ 24,1 milhões da Secretaria de Esporte e Lazer, desde 2021, para “projeto pedagógico voltado ao fortalecimento do desporto educacional, à participação e ao rendimento nos Centros Olímpicos e Paralímpicos” do Riacho Fundo I, de Samambaia e de São Sebastião.

Em 2022, a Secretaria da Mulher pagou R$ 2,5 milhões para o instituto a título de capacitação de 1,2 mil mulheres para atuarem como líderes comunitárias.

A diretora do Instituto Capital, Andreia Nunes do Espírito Santo, é a sócia-administradora da Praxis Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Ltda., empresa que recebeu R$ 138,2 milhões da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF para realizar cursos de qualificação profissional.

Em 2024, a pasta repassou R$ 21,6 milhões à Praxis. O pagamento foi de R$ 59,9 milhões em 2023. E, em 2022, a empresa recebeu R$ 56,6 milhões.

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