Na longa entrevista de Hulk ao jornalista Nicolás Migliavacca, do jornal argentino Olé, o atacante do Atlético-MG falou de Messi, Neymar e Cristiano, e contou seus sonhos para esta temporada:

Hulk

Atacante fez uma grande temporada Pedro Souza / Atlético

Cuca e Hulk, do Atlético-MG

O jogador teve um começo difícil com Cuca, mas depois a dupla se acertou e desencantou Pedro Vilela/Getty Images

Hulk

Hulk jogou de 2016 a 2020 no futebol chinês Reprodução / Instagram

Vidal e Hulk

Hulk disputou o Mundial de 2014 com a Seleção Brasileira Danilo Borges/ Portal da Copa

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Por que Hulk?

– A coisa do Hulk vem desde a infância, desde quando eu tinha três anos, eu o imitava dentro de casa e dizia aos meus pais: “Eu sou o Hulk, tenho muita força”. E ele construiu bancos. Meu pai começou a me chamar de Hulk. E ele me colocou assim e ficou preso até hoje, ele gostou. Estou feliz com esse apelido.

Pratica algum outro esporte?

-Não, na verdade não. Sempre fui apaixonado por futebol, com isso consegui mudar a vida da minha família e consegui graças ao futebol, graças a Deus. Gosto de praticar muitos esportes porque faz bem à saúde, mas profissionalmente nunca pratiquei outro esporte.

Dizem que você perde cinco quilos por jogo…

-Sim, é verdade, especialmente quando jogamos com temperaturas muito altas. Eu suo bastante. Na verdade, uso três pares de chuteiras: para o aquecimento, para o primeiro tempo e para o segundo. Eu suo muito. Perco tanto líquido que, quando o jogo acaba, imediatamente começo a me hidratar bem para recuperar o peso.

Cristiano é um espelho?

-Não só pelo físico dele, em geral. É um atleta a seguir, um exemplo. Ele é muito dedicado a ele. Enfrentei-o em 2008/09, quando foi campeão da Liga dos Campeões com o United. Ele nos eliminou (com o Porto) nas quartas de final.

O que você gosta no jogo dele?

-Tem um estilo que começou a mudar. Ele é muito inteligente, marca muitos gols. É um exemplo, mas não só para os jogadores de futebol. Eu tento fazer um monte de cuidar de mim. Comecei a me preocupar depois, quando era jovem não cuidava tanto de mim. Hoje eu pareço melhor a cada dia. Cristiano é outro pau, como o Messi, outra coisa… Ou o nosso Neymar, sempre torço pelos sucessos dele. Leva o nome do nosso país. Merece ser respeitado.

Você conhece o Léo?

-Joguei contra o Messi, com o Porto contra o Barcelona pela Supercopa da Europa, e também com o Brasil contra a Seleção. Eu não o conheço muito bem. Dani Alves fala muito bem dele. Em campo é um gênio. Como eu disse, Messi, Cristiano e Neymar merecem nosso respeito.

Messi faria você marcar muito mais gols?

-Ter a chance de jogar com craques como esse me tornaria privilegiado e, sem dúvida, facilitaria muito as coisas para mim. Assim, se.

Como Neymar, você se dá bem com ele?

-Ah sim, sem dúvida. Tive a oportunidade de jogar com Neymar por alguns anos. Um tipo diferente, com muita técnica, com muitos recursos. Como eu disse antes: Messi e Cristiano estão em outro nível por causa dos números que conquistaram, por causa da Bola de Ouro… Mas depois deles, um sinal de positivo para Neymar, que tem muitas qualidades.

E os parceiros de campo, Nacho Fernández e Zaracho?

-Sem dúvida, são grandes jogadores. E como pessoas são extraordinárias. Estou muito feliz em recebê-los em nosso país. E em campo eles me ajudam, me dão muitas bolas para converter. Eles são craque. Cada um com suas características. Zaracho não para. O Nacho com a bola no pé é um dos melhores jogadores que já vi.

Como você se dá com o El Turco?

-A minha relação com o professor é muito boa, muito “está tudo bem”, muito saudável. Muito engraçado. Venha sempre de coração aberto. Ele entende o dia a dia e isso facilita muito. Tente nos entender, adicione coisas a nós. Quando você tem um técnico assim, já conquistou o grupo. Todos os jogadores o respeitam muito. Ele já foi campeão, espero que continue em busca de mais títulos para poder escrever uma bela história no Atlético.

El Turco disse a Olé que você o obriga a fazer abdominais…

-Haha, um dia eu estava na Academia (centro de treinamento) e disse a ele “vamos lá professor, você tem que fazer abdominais para não ficar mal”.

O Atlético é hoje o time mais poderoso do continente?

-Quando você ganha você é colocado em outro nível. Hoje o Atlético Mineiro é um time que todo mundo quer vencer, todos os adversários te jogam como uma final.

E como eles ficam nesse nível?

-Vamos defender o Brasileiro, vamos defender a Copa do Brasil, e vamos em busca da Libertadores. Claro que sabemos que será muito difícil.

Mas que competição eles estão visando?

-Todas as competições são um objetivo, mas para mim ganhar a Libertadores com o Atlético é um sonho, é entrar para a história.

Que papel você acha que River e Boca terão?

-River e Boca sempre entram na Copa para ganhá-la, como Real Madrid e Barcelona na Liga dos Campeões. Merecem muito respeito pelas conquistas que tiveram, pela trajetória. O Palmeiras também é bicampeão. Flamengo… Mas o Atlético também por tudo que vem fazendo.

Você já enfrentou os dois em 2021, gostaria de cruzá-los novamente?

-Sem dúvidas. Sempre gostei, sem prejudicar os outros, sempre gosto de jogar grandes jogos onde a motivação é natural. Jogar contra o Boca em plena Bombonera… É o meu sonho.

Você já jogou lá?

-Sim, mas infelizmente não houve público devido à pandemia. Graças a Deus os torcedores já estão voltando 100%, isso dá muito ao futebol. Argentinos, brasileiros, uruguaios, cantando do início ao fim… La Bombonera é um estádio histórico. O mesmo com River, um ótimo. Flamengo no Maracaná… No Mineirão jogamos com 50.000 torcedores apaixonados. Certamente, se você perguntar a um jogador do Boca ou do River, eles também querem jogar conosco. Pelo que o Atlético representa não só no Brasil, mas na América do Sul. Então com certeza eu quero jogar contra o River ou contra o Boca.

Você acompanha o futebol argentino?

Não costumo vê-lo com frequência. Estamos com muitos jogos, concentração, treinos… O futebol argentino tem muita qualidade técnica e garra. Brasil e Argentina são os maiores treinadores de jogadores do mundo. Seus campeonatos são muito disputados.

O que o jogador brasileiro tem que o argentino não tem?

-É difícil compará-los. São como árvores que dão frutos diferenciados. No Brasil e na Argentina, não sei explicar, nascem jogadores. E assim continuará acontecendo. Pelé, Maradona, Ronaldo, Ronaldinho, Neymar, Messi, Ortega, Verón, são caras que você parou tudo para vê-los jogar. E todos os anos eles continuam saindo, eles continuam nascendo.

Quem é o ídolo do Hulk?

-Desde criança sempre admirei muito o Romário, mas meu maior ídolo era Ronaldo O Fenomeno. Ele largou tudo para vê-lo jogar. Então tive a chance de conhecê-lo e ele é uma pessoa extraordinária.

Além de Leo, qual outro jogador argentino você gosta?

-Há muitos jogadores de qualidade na Argentina. Di María, que jogou muito contra ele em Portugal; Saviola que joguei contra ele; Aimar… Muita qualidade. Você aprende muito com eles e eles te forçam a dar o seu melhor.

Está animado com a Copa do Mundo?

-Não sei se estou no meu melhor, tenho 35 anos. Há dez anos eu era muito mais rápido. Graças a Deus estou bem, estou me cuidando para melhorar. Jogar uma Copa do Mundo é um sonho, tive a chance de fazer no meu país, mas não consegui. Tenho que trabalhar para tentar dar o meu melhor pelo meu clube e seria um sonho realizado mais uma Copa do Mundo. estarei preparado.

Seus candidatos para vencer o Catar?

-Argentina e Brasil! As camisetas são pesadas. Eles podem estar em 20º lugar no ranking, mas se forem para a Copa do Mundo são favoritos. Tipo Alemanha, França, Itália… É assim. Na Copa do Mundo isso conta.

O que você gostaria de ganhar este ano?

-O Brasileirão, a Libertadores e a Copa do Mundo. LOL. Devo pensar grande, ser ambicioso e trabalhar para isso. Claro que não são coisas fáceis, mas tenho que continuar trabalhando duro, me dedicar e estar focado. Certamente é possível.

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