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MP é acionado para denunciar Ratinho por falas homofóbicas

A Associação dos LGBTI+ enviou os pedidos ao Ministério Público contra o apresentador; a coluna teve acesso ao conteúdo, com exclusividade

atualizado

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SBT/Reprodução
Foto colorida do apresentador Ratinho durante seu programa - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do apresentador Ratinho durante seu programa - Metrópoles - Foto: SBT/Reprodução

Esta coluna de apenas seis leitores descobriu que agora, oficialmente, as condutas homofóbicas do apresentador Ratinho serão levadas ao Poder Judiciário. Nós tivemos acesso, com exclusividade, aos detalhes do pedido ao Ministério Público, enviado pela Associação dos LGBTI+, representada por Agripino Magalhães.

Para quem não lembra, tudo teria começado no último dia 22, quando Ratinho, durante a exibição do seu programa no SBT, cometeu crime de ódio por motivações de caráter transfóbico. Na atração, o apresentador teria defendido a segregação da comunidade LGBTQIA+ em ambiente apartado daquele que chamou de “ambiente familiar”, esse, merecedor de maior zelo e atenção, bem como de respeito.

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Suas falas trataram, na prática, sobre o evento popular conhecido como Parada Gay, que leva milhares de membros da comunidade para a Avenida Paulista, em uma verdadeira marcha contra o preconceito e na consolidação da luta de direitos.

Para Ratinho, no entanto, a Paulista não pode ser utilizada como palco para esse tipo de evento. Ele chegou a ser categórico ao afirmar que eventos como a Parada Gay deveriam ser feitos no sambódromo. A Avenida Paulista, por sua vez, seria um “local de família”. Ele chegou a se referir ao evento como “um outro Carnaval”.

Para coroar o verdadeiro show de preconceito, Ratinho falou que a Parada Gay é um carnaval de veados e sapatões.

A Associação dos LGBTI+ foi categórica ao afirmar que houve crime de ódio. Chamou atenção, ainda, para o histórico turbulento de Ratinho com a comunidade gay, já que essa não é a primeira vez que o apresentador faz chacotas e humilhações para pessoas desse grupo.

Diante disso, no dia 23 de junho, a Associação pediu ao Ministério Público que apure a autoria (o responsável) e a materialidade (seu entendimento sobre a real ocorrência do crime), com base no crime de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

A aplicação de medidas tutelares foi solicitada, bem como o uso de tornozeleira eletrônica. Uma retratação por parte do apresentador também foi exigida.

Esta coluna lembra você, caro leitor, que homofobia e transfobia são crimes previstos pelos instrumentos legais e que merecem repreensão justa e proporcional por parte do Estado. A Coluna Fabia Oliveira repudia toda e qualquer forma de preconceito.

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