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É preciso vacinar: Brasil confirma 13 mortes causadas por raiva canina

Mais de 50 mil pessoas morrem anualmente por causa da doença em todo mundo. Cerca de 40% das vítimas têm menos de 15 anos

atualizado

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raiva
1 de 1 raiva - Foto: Reprodução/Unsplash

Nos dias 14 e 21 de setembro, a Secretária de Saúde do Distrito Federal realizará campanha gratuita para a vacinação antirrábica em animais da área urbana. As imunizações acontecerão das 9h às 17h em postos de saúde do Plano Piloto e de regiões administrativas. Confira aqui mais informações.

Mais de 50 mil pessoas morrem anualmente por causa da raiva em todo mundo. Cerca de 40% das vítimas têm menos de 15 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, foram confirmadas 13 mortes no Brasil devido à doença, principalmente no estado do Pará.

A doença

É importante lembrar que a raiva é uma doença letal em quase 100% do casos e ainda não tem cura. A única forma de prevenção é por meio da vacina antirrábica em humanos e animais.

De acordo com o médico-veterinário Ricardo Cabral da Virbac, os cães geralmente são infectados quando entram em contato com a saliva de outros animais portadores do vírus. Essa infecção ocorre por meio de mordidas, lambidas e até mesmo arranhões.

“Os sintomas são graves por ser uma doença do sistema neurológico que atinge a comunicação do sistema nervoso. O animal pode apresentar convulsões, agressividade, imobilidade dos movimentos e incapacidade de deglutir. Por isso, o aumento de saliva é um sintoma clássico dessa enfermidade”, explica.

Os cães que vivem em áreas rurais geralmente têm mais chance de serem infectados devido à presença de morcegos, principais transmissores da doença. Segundo Ricardo, a reação do animal diante da raiva depende do local em que foi mordido.

“O tempo entre o animal ser mordido e apresentar os sintomas pode variar, pois tem a ver com a região atingida e porque o vírus sobe pelo sistema neurológico. Portanto, se a mordida for na pata, por exemplo, a doença vai ascender pelos nervos até chegar ao sistema nervoso central. Se o animal for mordido no rosto, a propagação é mais rápida”, salienta.

O profissional acrescenta ainda que a vacinação é a única forma de prevenir esse mal. Além disso, a vacina tem validade de um ano em animais adultos. Em filhotes, só pode ser ministrada após as 12 semanas de idade, já que os anticorpos maternos neutralizam o efeito.

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