metropoles.com

Mulheres, vida amorosa e casamento: Roberto Carlos abre o jogo!

Em entrevista exclusiva, o Rei fala sobre sua vida pessoal e descarta aposentadoria

atualizado

Compartilhar notícia

João Miguel Junior/ TV Globo
Rei Roberto Carlos cantando e tocando violão em palco
1 de 1 Rei Roberto Carlos cantando e tocando violão em palco - Foto: João Miguel Junior/ TV Globo

Rio de Janeiro (RJ) – Uma entrevista com o Rei é sempre especial. Mais ainda quando ele se sente à vontade para se abrir a respeito de assuntos como mulheres, vida amorosa, casamento, infância, música, política, novas tecnologias e futuro.

A coluna Claudia Meireles conversou com Roberto Carlos, um dos maiores ídolos da música brasileira de todos os tempos, e ouviu várias histórias interessantíssimas. Aposentadoria? Nem pensar! Afinal, o ídolo está com a corda toda aos 78 anos.

Confira!

Roberto Carlos
Roberto Carlos

Qual a importância das mulheres na sua vida?
Muito grande! Elas estão sempre na minha vida particular, sentimental, amorosa e nas canções que faço. A maior parte das minhas músicas tem sido feita para as mulheres ou por causa delas. Eu e Erasmo Carlos (parceiro de Roberto em várias canções) gostamos muito delas e de falar sobre elas.

Você está pensando em se casar?
No momento, não estou pensando em casar. Mas não sabemos o futuro. O futuro é daqui a pouco, amanhã ou daqui a 20 anos. Imagine falar sobre isso?

Você está namorando? Que tipo de mulher te interessa?
Isso é muito relativo. Às vezes, me impressiono pelos olhos, pela boca; de frente, né? De costas, pelos ombros… (Risos) Principalmente, pelo que elas falam, pelo que elas passam e pelo que elas são. Conhecemos uma pessoa pelo que ela fala e pelo que ela faz. Então, eu acho que a mulher ideal é a que a gente ama, independentemente do tipo.

Muitas vezes, batemos os olhos em uma mulher e dizemos: “Ih, estou apaixonado!”. Em outras: “Ih, não fui com a cara dela!”. No entanto, quando nos damos conta, já estamos apaixonados. E, do nada, pode pensar: “Ih, não era aquilo que eu pensei!”.

Você fugiu da pergunta e não respondeu. Roberto Carlos está namorando? Ou pelo menos já pode ser achado no Tinder se estiver solteiro? Já está familiarizado com as redes sociais?
Mais ou menos. Eu não sou muito craque nesse negócio não, mas tenho tentado. Já sei mexer um pouco mais no meu celular e entro praticamente toda hora nas redes sociais para saber o que está acontecendo.

Então, é possível alguma fã te achar no Facebook ou no Instagram para bater um papo?
Huummm… É! Estamos aí! (Risos)

Você não sente falta de viver uma paixão?
Eu tenho sabido conviver com tudo. Não digo com a solidão, porque eu não tenho sido tão solitário assim. Porém, estou levando bem as coisas. Não estou me maltratando não.

Como você enxerga o empoderamento feminino nos dias atuais?
Eu vejo com a maior tranquilidade, pois sempre me dei muito bem com as mulheres. Então, não tenho medo nenhum do poder delas. Muito pelo contrário, ficaria muito feliz com as mulheres no poder. Elas são maravilhosas e capazes de fazer tudo aquilo que os homens fazem.

Roberto Carlos com Fátima Bernardes, Carla Diaz, Vanessa Giacomo e Erika Januza.
Roberto Carlos com Fátima Bernardes, Carla Diaz, Vanessa Giácomo e Erika Januza

O que você acha do fato de a Regina Duarte ter aceitado assumir a Secretária de Cultura após convite do presidente Bolsonaro?
Regina é maravilhosa. Sou fã dela desde sempre. Da mesma forma que ela fez tudo na carreira com honestidade e talento, fará um bom papel na Cultura, com certeza. Eu adoro a Regina!

O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu que as pessoas que não pudessem visitar a Disneylândia fossem para a sua cidade natal (Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo). O que acha disso?
Primeiro, gostaria de agradecer ao ministro Paulo Guedes por ter sugerido que as pessoas visitem Cachoeiro. Isso é muito bom para a minha terra, principalmente para a economia. É um lugar lindo, entre montanhas, e há um rio que atravessa a cidade quase toda. Há algo de especial lá, pois Cachoeiro é simples e muito atraente. Podem ter certeza.

O que você está achando do governo Bolsonaro?
Eu acho que o presidente Bolsonaro é muito bem-intencionado, mas tem tido dificuldades com quase todos os que estão à volta dele. O Sergio Moro (ministro da Justiça e Segurança Pública) e o Paulo Guedes não, pois estão sempre colaborando, mas o presidente está tendo dificuldades para realizar seus planos, aquilo tudo que ele prometeu fazer. Acho que, mesmo com tudo isso, ele tem feito algumas coisas. Eu torço pelo Brasil e para que ele faça tudo aquilo que se propôs a fazer.

Você pretende compor alguma canção para a sua netinha, a Laura?
Essas coisas acontecem naturalmente. Todavia, pode ter certeza de que toda vez que vejo a Laurinha tenho vontade de fazer alguma coisa para ela, dizer coisas de amor, e até mesmo fazer uma canção. Quem sabe, de repente, eu faço? Essas coisas são imprevisíveis, mas gostaria realmente de fazer uma música para a Lady Lalá.

Após tantos anos de sucesso, existe algo que você queira e ainda não conquistou?
Eu ainda não fiz a canção de amor que gostaria de fazer. Tenho o sonho de fazer uma música que fale do amor de sua forma maior e mais maravilhosa. Eu teria que buscar palavras que não existem e lugares que não existem para falar dele. Gostaria de escrever o amor dessa maneira. Um dia eu chego lá!

Na primeira vez em que você cantou, aos nove anos, ganhou balas como prêmio. O que essas balas representaram para a sua vontade de continuar a cantar?
Era o prêmio que davam para as crianças que cantavam nesse programa infantil. Enchiam nossos bolsos de balas, né? Para mim, isso foi uma maravilha. Voltei para casa com o bolso cheio de balas e falei: “Mãe, olha aqui! Eu não quero mais ser médico, quero ser cantor!”. Mas não foi pelas balas, não! (Risos) Foi porque eu achei que poderia ser cantor a partir dali.

Como foi para você receber o título de Rei?
Isso foi aos poucos. Começaram a me chamar de “Rei da Juventude” por causa da Jovem Guarda. Ficava muito sem graça quando diziam: “Ô Rei!”. Se eu dissesse “Oi!”, seria porque teria aceitado o título realmente. Então, ficava sem saber o que fazer.

As pessoas continuaram me chamando. Eu não me sinto um Rei, sinceramente. Sou um cantor, compositor e gosto daquilo que faço. Aceito [ o título] porque considero um tratamento carinhoso do público que me chama dessa forma. É uma coisa de amor mesmo. Rei mesmo é o Pelé!

Você procura manter sempre uma postura jovial. O que faz para isso? Quais são seus cuidados?
Procuro levar uma vida sadia: não tenho hora para dormir e nem para comer! (Risos) Evito carboidratos, tenho uma alimentação saudável, como pouco e me cuido. Faça uma musculação para não ficar barrigudinho, fortalecer o bíceps e o tríceps…

Não tenho uma vida tão regrada. Durmo tarde e acordo tarde. Então, acho que está tudo equilibrado na minha vida.

Quem deve mais para o outro: você ou seu empresário, Dody Sirena?
Eu acho que um não deve nada para o outro. Eu conheci o Diody quando ele já era um grande empresário, e eu já era eu. Ele não sabe cantar e eu não sei contar. Então, eu canto e o Dody conta! (Risos) Ele cuida dos negócios e eu faço a parte artística. É assim que funciona.

A aposentadoria é algo em que você pensa?
Não. Enquanto eu puder, vou cantar.

O que você está achando da música brasileira hoje?
A música brasileira não está tendo nada de novo.

O que você tem ouvido ultimamente?
Eu gosto de ouvir tudo, mas gosto de escutar MPB, música romântica, jazz – para aprender muito – e, às vezes, um pouco de música clássica também. Ouço de tudo, estou sempre aprendendo. Escuto algo e penso: “Poxa, é bonito isso aí. Nunca fiz nada parecido assim. Vou tentar!”. E é assim que aprendo.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

Compartilhar notícia