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Mulheres tomam as rédeas do humor brasiliense

Em São Paulo, cinco comediantes do DF participam do Mamacitas, primeiro festival de stand up feminino

atualizado

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Um novo movimento promete mudar o formato de humor do Distrito Federal, dominado por grupos de comédias e seus espetáculos temáticos. A cena surge dentro de coletivo espontâneo de mulheres que decidiram subir ao palco, ocupar o microfone e apontar ao público como elas convivem entre o cotidiano e a arte com uma cena majoritariamente masculina.

Uma das pioneiras do humor brasiliense, Adriana Nunes puxa esse bonde. Nos últimos tempos, ela se destaca em trabalhos paralelos à Cia. de Comédia Os Mulheres do Mundo, na qual é a única mulher no palco. Atualmente, investe e protagoniza shows de humor feminino, um deles. recentemente. homenageou Dercy Gonçalves, referência do humor feminino no país.

Venho me interessando e investindo nesse humor feminino, que pensa o meu cotidiano de mulher e atriz. É um caminho que não tem volta. Sinto-me empoderada, envolvida e cheia de coragem. Sou mais do que nunca protagonista da minha carreira

Adriana Nunes

De hoje (02.11) a domingo (04.11), Adriana Nunes é uma das estrelas do primeira edição do Festival Mamacitas de Stand Up, que reúne mais de 60 humoristas de todo o país, nos palcos do Clube do Minhoca e no Espaço Comédia, em São Paulo.

O meio do stand up é majoritariamente masculino e algumas mulheres têm dificuldades de se identificar com esse formato. Acabam desistindo. A solução foi criar oportunidades, destaca Carol Zacolli, uma das criadoras do festival.

Dessas 60 comediantes, cinco são brasilienses. É uma nova geração que surge com força e talento.

Nasceu esse movimento em Brasília. Vamos fazer esse show semanalmente e buscar mais e mais meninas

Adriana Nunes

No Mamacitas, além de Adriana, estão Stephanie Marques, Aline Magalhães, Fabi Goulart e Misshadi Rahhal.

Quem é quem no Mamacitas

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Adriana Nunes, 49 anos, brasiliense, formou-se como atriz na Faculdade Dulcina de Moraes em 1991, ano em que criou a A Culpa é da Mãe, que, a partir de 1996, passou a se chamar Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, onde criou, dirigiu e atuou em mais de 25 espetáculos. Agora, envereda-se com força no stand up feminino. Não pretende deixar Os Melhores do Mundo nunca. “Eles não vivem sem mim”, conta às gargalhadas.

Aline Magalhães, 33 anos, brasiliense, define-se como comediante, redatora, publicitária, produtora, guitarrista, back oficce e brecholeira. “Sou uma mãe brasileira que faz mágica com pensão alimentícia e é capaz de qualquer coisa por seus filhos, inclusive me tornar uma youtuber”.

Fabíola Goulart, 40 anos, brasiliense e médica veterinária atuante. Sempre foi cômica entre familiares e amigos. No ano de 2013, investiu em cursos e oficinas de teatro musical. No ano seguinte, foi escalada para o filme “Jeitosinha”. O salto para a comédia veio, em 2016, quando fez workshop de stand up comedy com Daniel Villas Bôas. “Desde então, não quis mais descer dos palcos, escrevendo textos e me apresentando nos mais diversos palcos do DF”.

Misshadi Rahhal, 31 anos, brasiliense, publicitária, fotógrafa e coach. Desde pequena, o som de uma risada sempre lhe fez bem. Na escola, recitava poemas cômicos e participava de peças teatrais. Em 2008, teve aulas de teatro na Universidade Católica de Brasília (UCB), apresentando duas peças e uma coreografia. Em 2018, encorajou-se no mundo do stand up comedy.

Stephanie Marques, 28 anos, brasilense e residente em São Paulo. Formou-se em artes cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), trabalha profissionalmente como atriz há 10 anos. Sua pesquisa é voltada para a comicidade cênica, a linguagem da palhaçaria e a improvisação teatral. Atualmente, além de atriz e palhaça, trabalha com stand up comedy em clubes de comédia em São Paulo e região.

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