metropoles.com

Dogging: conheça as regras da prática de fazer sexo em público

O fetiche é mais comum do que parece e, além do casal, pode envolver desconhecidos na transa

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/ Freepik
Casal fazendo sexo dentro do carro
1 de 1 Casal fazendo sexo dentro do carro - Foto: Reprodução/ Freepik

Sexo consentido, em locais públicos, e com plateia. Em que outras pessoas – além do casal – podem ser chamadas não só a ver, mas a participar. A prática, apelidada de dogging, surgiu na Inglaterra, nos anos 70, impulsionada por quem desejava ter sexo com desconhecidos.

Mas a Internet tem ampliado o fenômeno. Hoje, através de simples pesquisas no motor de busca, é possível encontrar fóruns com dicas sobre os melhores locais para fazer sexo semipúblico em cada cidade, saber onde, em que dias e a que horas estão a ser combinados encontros do gênero ou simplesmente aprender as regras de “boa convivência” que antes só eram conhecidas pelos adeptos da prática.

Cunhado pelos ingleses, o nome desta prática, ao contrário do que possa induzir a palavra, não tem especificamente a ver com o dog, o cão, mas com o fato de os mesmos poderem ter sexo na rua, o que, no fundo, é o ponto essencial do dogging.

De acordo com a sexóloga Paula Napolitano, a prática está muito ligada ao exibicionismo e ao voyeurismo. “São pessoas que gostam de ter relações sexuais em locais em que pessoas desconhecidas podem estar envolvidas, seja assistindo ou participando”, explica. O que excita os praticantes é a possibilidade de serem pegos.

Prazer com regras

Não pense, porém, que o caráter clandestino do dogging o desobriga de regras e preceitos. Pelo contrário, é justamente a ilicitude de quem o pratica, e a complexidade da sua natureza, que fazem com que ele esteja impregnado de diretivas, para quem faz e quem observa.

Além disso, por ser diferente do voyeurismo comum, dado que quem está de fora do carro está, ainda assim, muito perto, importa ser o mais claro possível.

Segundo a atriz pornô Bianca Naldy, praticante assídua do dogging em São Paulo, as regras devem ser seguidas por todos os que querem participar de alguma forma. “Eu gravo os vídeos com o maior carinho, mas antes de ligar a câmera, explico tudo para quem quer fazer parte. Não é bagunça!”, ressalta.

A primeira regra é para lá de básica: higiene, boa apresentação e estar preparado para sexo seguro. Esta tríade, fatal para quem não a cumpre, é o início de tudo.

O local: basta uma rápida pesquisa na internet para conhecer os locais apropriados para o dogging. Naturalmente, e porque sexo em locais públicos é proibido, a zona deve ser discreta ou pouco movimentada.

Carro estacionado, começa a dança. “Para convidar os observadores a se juntar à festa o código é acender a luz interior do carro”, explica Bianca, que publica seus feitos em um canal no XVídeos.

“Quem dita o início e fim são os ocupantes do carro”, frisa a profissional. “Um passo em falso, um impulso mal contido, e o momento está estragado”, completa. Se a mulher sair do carro, isso significa que procura e consente sexo com um, ou mais, observadores presentes. “É um convite”.

Naturalmente, vídeos são estritamente proibidos sem consentimento. “Peço autorização para filmar as pessoas e peço também que não gravem de seus celulares, já que os meus vídeos saem no site”, conta Naldy.

Sexo fora da lei

Segundo o artigo 233 do Código Penal Brasileiro, “praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público” é crime. A pena é de três meses a um ano de detenção ou o pagamento de uma multa.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?