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Medicina exponencial promete revolucionar o atendimento de pacientes

Dr. Leandro Vaz, nutrólogo e especialista em longevidade, participou de congresso sobre o assunto nos EUA e conta as novidades

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De 4 a 7 de novembro, a cidade de San Diego (EUA) recebeu o Exponential Medicine, congresso sobre medicina exponencial promovido pela Universidade Singularity do Vale do Silício e que reúne organizações e profissionais dos ramos da biomedicina e da tecnologia para explorar as novidades relacionadas à saúde e à medicina. Um dos participantes do evento foi o doutor Leandro Vaz, nutrólogo e especialista em longevidade.

Leandro conversou com a coluna e detalhou os principais recursos exibidos no congresso que prometem ajudar no tratamento de pacientes com as mais diversas doenças e também melhorar a qualidade de vida e longevidade. Confira!

O que é a medicina exponencial?
É um programa imersivo e prático da Universidade Singularity do Vale do Silício, focado nas implicações de desenvolvimentos inovadores. Seu objetivo principal é discutir o futuro do sistema de saúde: conhecer o que está acontecendo atualmente nos laboratórios, evoluindo clinicamente, e quais tecnologias surgirão nos próximos dois a 10 anos.

Quais as principais novidades no campo da medicina exponencial?
Análise do microbioma (conhecimento da nossa flora intestinal); impressão 3D (próteses, artérias, pele); biologia sintética; linhas de células-tronco personalizadas; medicina diagnóstica para detecção precoce de doenças; robótica nos hospitais, atendimentos e centros cirúrgicos; inteligência artificial; realidade aumentada; aprendizado de máquina; genômica de baixo custo (análise do nosso DNA para conhecer os riscos de doenças, doses ideais de remédios, alimentos apropriados e exercício); edição de genes (corrigir nosso DNA); blockchain (segurança dos nossos dados) e muito mais.

Tanto a medicina quanto a tecnologia são assuntos sobre os quais as pessoas costumam ser leigas e até ter certa desconfiança. Como introduzir a combinação desses dois elementos nos tratamentos das pessoas?
Essa nova tecnologia na saúde quer dar aos próximos centenários a qualidade de vida que os atuais sexagenários têm hoje. A ideia é reconhecer a transição, ou o início de quando uma pessoa começa a adoecer. E, nesse ponto, identificar qual seria o melhor momento para a intervenção e reversão do processo. O foco é mais na saúde e, depois, na doença.

Como aplicar a medicina do futuro para os pacientes?
Essa medicina do futuro já é mais atual do que imaginamos, e a sua velocidade é assustadora. A medicina deve se tornar cada vez mais preditiva, preventiva, personalizada e participativa, ou seja, trata de cuidar da qualidade de vida com tratamento individualizado, melhores exames de check-up preventivos, exames de DNA para descobrir as tendências individuais e conhecer o DNA da flora intestinal. Os wearables (Apple Watch, Fitbit) já são capazes de monitorar nossa qualidade de sono, batimentos cardíacos e até funcionar como um eletrocardiograma, entre outras funções.

O que mais impressionou você no congresso?
O que mais me impressionou foi o uso da Alexa (da Amazon) na recuperação da voz dos pacientes. A utilização dela na detecção precoce de algumas doenças também é incrível. Além disso, ela pode ser usada como ferramenta de triagem nos hospitais, acelerando os atendimentos, para acessibilidade mais detalhada nos exames de DNA do indivíduo, da flora intestinal e dos telômeros, resultando, assim, em uma medicina preditiva e personalizada.

O que fazer para ter acesso a essa medicina?
Cada dia mais, os médicos e profissionais da saúde devem se atualizar com a atual tecnologia, para ela não substituir o profissional, permitindo-o otimizar seu trabalho com a assistência da modernidade. Cada ano que passa, os preços dos novos exames e aparelhos que nos monitoram diminuem muito, tornando os recursos cada vez mais acessíveis.

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