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Mães unidas jamais serão vencidas

Quando você é mãe, sororidade é uma coisa não apenas presente, mas essencial

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mulheres amigas sororidade
1 de 1 mulheres amigas sororidade - Foto: iStock

No feminismo, existe uma palavrinha esquisita que fala de uma coisa superbonita e importante: sororidade. Grosso modo, ela significa a união entre mulheres, com base no apoio mútuo e no companheirismo.

Quando você é mãe, sororidade é uma coisa não apenas presente, mas essencial. Graças ao apoio de outras mulheres, a maioria delas mães também, conseguimos dar conta do recado e sobreviver a momentos de aperto.

Não se trata apenas de apoio moral, daquela coisa “só quem é mãe sabe” que a gente tem depois que os filhos nascem. Estou falando de apoio para os sufocos cotidianos. Como há umas duas semanas, quando saí apelando para a minha vizinha se ela podia buscar meu filho mais velho na escola. Estava em uma semana difícil, já tinha acionado a família no dia anterior e no outro – que sorte a minha poder contar com eles, aliás – sobrou para essa minha amiga, que mora no prédio ao lado.

Amiga essa que eu só conheci, vejam só, por causa das crianças. Entre brincadeiras debaixo do bloco, pulos em poças de água depois da chuva, nos conhecemos, aprofundamos os laços e não foram poucas as vezes em que ela olhou pelos meus filhos. Olhou, deu banho, deu janta, enfim, os amou um pouquinho enquanto eu estava resolvendo outras coisas (inclusive mandando vídeos para que meu coração se acalmasse). Quer coisa mais bonita que isso?

E a sororidade existe também entre estranhas. No ano passado, quando Miguel estava em processo de desfralde, recorri a uma mulher que jamais havia visto na vida para segurar o bebê, enquanto eu ia socorrer o mais velho, desesperado que estava com vontade de fazer cocô em pleno parquinho. “Moça, por favor, você pode cuidar para que meu filho não coma areia rapidinho, enquanto eu resolvo uma emergência?”

Outra vez, no supermercado, uma mulher percebeu a minha crescente irritação com Miguel, que queria porque queria levar um chocolate (ou um sorvete, ou uma balinha, nem lembro mais). Ela o pegou pela mão e o levou para uma voltinha em outras prateleiras. Respirei aliviada, me acalmei e consegui concluir a compra sem perder a paciência por completo.

A maternidade é cheia de julgamentos e dedos na cara – se você fez parto humanizado ou se agendou a cesárea, se deu chupeta ou mamadeira, se matriculou na escola pública ou se gasta os tubos em um colégio privado –, então, é bom perceber que outras coisas nos unem. Como diz este excelente post, que inspirou a coluna de hoje, uma mãe lava a outra.

Em tempo: empatia com os pais e mães também existe por parte dos homens. Em uma viagem há alguns anos, quanto tínhamos apenas o Miguel, eu e meu marido só conseguimos terminar a refeição porque o garçom pegou nosso filho no colo e o levou para conhecer a cozinha do restaurante. Um viva para todos que doam um pouco do seu tempo para ajudar os outros!

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