Edie Sedgwick era cheia de qualidades. Considerada a verdadeira it girl e ícone da moda e do cinema underground dos anos 1960, marcou uma geração. Ousada e charmosa, ela era puro estilo. Na intimidade, convivia com Andy Warhol e foi uma das grandes paixões do cantor e poeta Bob Dylan, vencedor do Oscar, Pulitzer e, mais recentemente, do Nobel de Literatura. Admirada por ambos os artistas, ficou famosa pelos vestidos trapézio, botas thigh high, cabelo curto e loiro. Mas principalmente pelas meias-calças usadas na época em que saia com Warhol.

Por dançar jazz e ballet, o look fazia parte do seu dia a dia. Usava a peça como legging, combinando apenas com um casaco por cima. Vem daí a minha paixão por meia-calça.

Ela era grunge antes de existir o grunge. Moderna para a época, Edie usava brincos enormes, vestidos curtos, collants e sobrancelhas marcadas.

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Nascida em 20 de abril de 1943, Edie Sedgwick teve uma trajetória relativamente curta e conturbada, mas os 28 anos vividos foram suficientes para se tornar um símbolo americano. Dona de um estilo único, ela participou de filmes como Poor Little Rich Girl, Kitchen, Vinyl e Ciao Manhattan.

Era a sétima de oito filhos de uma família tradicional e milionária. Passou a infância em um rancho na Califórnia e, desde cedo, enfrentou dificuldades: perdeu dois de seus irmãos e teve muitos problemas com o pai. Ao longo dos anos, desenvolveu vício em drogas e bebida.

Estudou arte em Harvard, Boston, e mais tarde mudou-se para Nova York, onde conheceu Andy Warhol por intermédio de Tennessee Williams. Foi o artista quem a transformou em superstar dos filmes underground. O estúdio dele, o Factory, ficava em um prédio antigo e era ponto de encontro entre músicos e socialites.

Entre 1963 e 1965, o estúdio foi reconhecido por veículos importantes da mídia, como Time e Vogue, graças ao talento de Sedgwick. No mesmo período, pintou o cabelo de loiro platinado para combinar com o de Warhol.

Nessa época, ela conheceu Bob Dylan. Juntos, viveram um love affair bastante conturbado, principalmente devido ao ciúme que Dylan sentia de Warhol. A relação não durou, mas a jovem americana continuou sendo musa do cantor.

Em 1971, ela se casou com Michael Post. Em novembro do mesmo ano, uma overdose deu fim à vida de Edie. Pouco antes de sua morte, fez aparições com a banda Velvet Underground. O grupo escreveu a música Femme Fatale sobre ela, que também adorava dançar.

O filme Factory Girl, lançado em 2007, levou para as telas a trajetória da atriz. Na época, Bob Dylan acionou seus advogados para tentar impedir a estreia. O cantor ficou incomodado, pois, no longa, Sedgwick é vista sendo abandonada por ele e passando por uma grave depressão.

Até hoje, há muitos mistérios e controvérsias sobre Edie Sedgwick. Mas há uma certeza: ela nasceu para brilhar e sempre será uma estrela.

 

 

 

 

 

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Colaborou Rebeca Ligabue