metropoles.com

Maxi acessórios da designer Nath Abi-Ackel são a cara do verão

A designer brasiliense já estampou as páginas da Vogue, teve seus acessórios usados por Anitta e faz sucesso por onde passa. Vem comigo!

atualizado

Compartilhar notícia

batch_7U8A0290
1 de 1 batch_7U8A0290 - Foto: null

Nath Abi-Ackel conquistou seu espaço no universo da moda com um sorriso doce, talento nato e criatividade bem particular. É possível reconhecer rapidamente as peças de sua autoria. Seja pelo tamanho maxi ou pelas formas diferenciadas, o design fluido dos acessórios já se consolidou no cenário da moda nacional. Seja pelo seu estilo ou por seu alto-astral, a brasiliense Nathalia Leão Abi-Ackel sempre chama atenção.

Criada por cinco mulheres fortes, a mente por detrás do Abi Project confessa que toda a singularidade do seu trabalho veio de casa. O empoderamento feminino – com o qual ela sempre se identificou — tem forte influência na criação das peças.

“As mulheres estão ganhando espaço em todas as áreas. Infelizmente ainda não estamos comandando as áreas criativas das grandes maisons ou assumindo os cargos de CEO da indústria fashion. Mas ainda somos o consumidor final”, avalia. “A moda deve ser usada como forma de rompimento, protesto, atitude. Assim como fizeram Coco Chanel, Donatella Versace e Stella McCartney. Até as campanhas atuais são cheias de conteúdo”, acrescenta a designer.

Nathalia não foca apenas na área de criação ou no lado comercial. Para ela, moda é muito mais do que isso.

Vem comigo!

Bruno Pimentel/Metrópoles

Maxi acessórios estão em alta e as peças do Abi Project são um must. Para a coleção “Elements”, lançada em dezembro, usou a natureza e a busca por autoconhecimento como inspiração. A novidade ficou por conta das placas de metal esmaltadas e resinas misturadas em novas cores.

Adorei os braceletes e principalmente o trabalho floral que apesar de grande, é delicado. Acessórios coloridos e ao mesmo tempo translúcidos são bastante charmosos também. O brinco em formato espiral lembra a escadaria do Teatro Nacional de Brasília — obra projetada por Oscar Niemeyer.

Divulgação

Divulgação

Divulgação Divulgação

Durante os dois anos do Abi Project, as peças variavam entre universos distintos, sempre trazendo uma visão cool e despojada. Além do badalado Studio 54 e a Factory de Andy Warhol, Nathalia já se inspirou na beleza natural de Alto Paraíso (GO) e nas conchas recolhidas em viagens exóticas. O mix interessante já conquistou estrelas como Anitta.

instagram/reprodução

“A minha avó, Moema Leão, com as suas onças, e o seu more is more me ensinou que não existe ser cafona, mas ser divertido. Então sempre fui ousada nas combinações, estampas e principalmente nos acessórios. A minha mãe, Valeria, é muito clássica: camisas brancas e flores por toda parte. Me lembro muito das suas gargantilhas nos anos 1990 e do seu batom sempre muito pink. Minhas tias também sempre me guiaram”, confessou ela.

História da arte também fascina a trendsetter. O uso exagerado de cores fortes e o conteúdo dramático nas obras do movimento Fauvista, juntamente com o instinto subjetivo e vanguardista do Expressionismo, chamam a atenção da criadora. “Nesse momento estou encantada com as cores dos quadros de Ellsworth Kelly. Não me considero uma entendedora, mas uma curiosa”, esclarece Nathalia.

Descubra mais sobre a jovem designer que é também mãe de Maria.

Por que entrou para o mundo dos acessórios? Era uma paixão desde criança?
Sim. Criava colares e depois vendia na escola, por hobby. Na época, fiz a minha primeira coleção para a Magrella. Tinha 15 anos. Foi um sucesso total. Só 10 anos depois, lancei minha marca. Amo acessórios, acho o diferencial de qualquer roupa ou produção. Para mim, a escolha dos brincos, colares e anéis muitas vezes mostra a autenticidade e o estilo de uma pessoa.

Como foi o processo de criação da marca? Quais eram os principais desafios a serem enfrentados?
Comecei a marca após receber um convite da Ortiga para desenvolver uma coleção cápsula. Minha madrasta Janaína, dona da loja, sabia do meu amor por acessórios. Me empolguei fazendo essa primeira coleção. Por isso, resolvi lançar o Abi Project. O início foi tímido e sem grandes investimentos. Comecei bem pequeno, vendo como seria, quais obstáculos enfrentar. Fui aprendendo conforme chegavam as demandas. Em dois anos de marca, confesso que já fiz tudo. Por quase um ano, era empacotadora, financeiro, designer: tudo! E são muitos desafios, entender seu cliente, seu estilo, amadurecer a marca como um todo.

Divulgação Divulgação

Quais são suas inspirações na hora de criar? Quais artistas te influenciam?
Elas são muitas e mudam a cada dia. As mulheres e as suas histórias sempre foram meu ponto de partida. Mulheres únicas, excêntricas, originais e independentes. Como Diana Vreeland, Iris Apfel, Marisa Berenson, Costanza Pascolato, Peggy Guggenheim e minha avó, Moema Leão. Elas sempre me encantaram pela visão e coragem.

Qual é o maior diferencial que você enxerga na marca em relação a outras do mercado?
Sempre procurei acessórios no Brasil e não achava nada que amasse. Me refiro a estilo, valores e tamanho. Então, procurei traduzir isso nas minhas coleções. O Abi Project vende um produto com muita personalidade e ao mesmo tempo de preço bacana. Uma pessoa estilosa vai sempre encontrar algo que goste nas minhas coleções. Focamos em mulheres e em peças statement, porém atemporais.

Metropoles

Os últimos eventos do Abi Project consolidaram seu nome no cenário fashion nacional. Pode contar um pouco de quais foram os momentos mais inesquecíveis nesses dois anos da marca?
O lançamento foi muito especial. Fiz a campanha com as mulheres da minha família. Elas sempre me inspiram muito. Vender na Lool, loja da Luiza Setúbal, ao lado de grandes marcas de acessórios nacionais, também merece destaque. Um grande passo para a empresa. Não posso deixar de citar o dia em que entramos no mix da NK Store. Sempre admirei a Natalie Klein. Incrível ver a multimarcas que sempre sonhei, vendendo a Abi. Por fim, em 2017, fizemos nosso primeiro showroom em Paris e iniciamos nossa expansão internacional.

Qual coleção foi a mais difícil de ser desenvolvida?
A nossa coleção social. A mais difícil, porém a mais incrível. Desenvolvemos com as índias Kayapó peças em miçangas. Seguindo o maximalismo da Abi, mas usamos as padronagens das pinturas corporais delas. Fomos até a tribo e vivemos momentos inesquecíveis.

Metropoles

Quais são as novidades que o público pode esperar na próxima temporada?
Temos algumas colabs bem incríveis saindo do forno. Uma coleção social e, claro, por eu ter tido bebê recentemente, a Abi Baby + Kids.

Para você o que é moda? O mercado de acessórios brasiliense tem crescido/conseguido expandir nacional e mundialmente?
Moda é uma forma de expressão. Como a arte, a moda pode mudar paradigmas, ser revolucionária, transformar o comportamento e começar toda uma era nova. Sim, o mercado brasiliense de estilistas e designers está crescendo muito, há mais oportunidades, coleções fantásticas e iniciativas incríveis.

Divulgação Divulgação

Nathalia vive em sintonia com as peças do Abi Project que são indiscutivelmente um reflexo de toda a sua doce, alegre e autêntica personalidade.

Os atuais pontos de venda da marca são Zezé Duarte, Gallerist, Style Market, Namix, Thaje, Shoplixmix e Al Ostura. Em breve, a empresa também pretende abrir o próprio site.

Conheça outras peças da designer e feliz Ano-Novo.

Nos vemos na quinta!

0

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?