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Conheça Emily Bode, vencedora do prêmio Designer Emergente no CFDA 2019

Estilista conquistou o Conselho de Designers de Moda da América com seus looks feitos por meio do reaproveitamento de tecidos antigos

atualizado

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JP Yim/Getty Images
Bode – Presentation – NYFW: Men’s
1 de 1 Bode – Presentation – NYFW: Men’s - Foto: JP Yim/Getty Images

O prêmio de Designer Emergente do Conselho de Designers de Moda da América (CFDA) costuma dar uma grande visibilidade a quem o conquista, mas a vencedora da categoria neste ano já vinha despontando no cenário fashion antes mesmo da cerimônia de premiação que agitou o Brooklyn Museum na última segunda-feira (03/06/2019).

Ao subir no palco para receber o troféu de revelação da moda norte-americana, Emily Adams Bode carregava em suas costas a façanha de figurar na lista 30 Under 30, da Forbes, e ser selecionada para a final do Prêmio LVMH deste ano. Tudo isso depois de incluir em seu brilhante currículo as experiências que adquiriu ao lado de Ralph Lauren e Marc Jacobs.

Apontada como uma figura à frente de seu tempo, a ex-aluna da prestigiada Parsons School of Design foi a primeira mulher a desfilar uma coleção masculina na Semana de Moda de Nova York, com um trabalho autoral que chama atenção por sua criatividade e sustentabilidade.

Vem comigo entender por que a estilista tem sido tão celebrada entre seus colegas!

 

Nascida em Atlanta, Emily cresceu entre as antiguidades colecionadas por sua mãe, e foi exatamente essa exposição ao passado que deu à designer a criatividade para transformar tecidos velhos em peças cheias de elegância e personalidade.

Com uma inovadora proposta de upcycling, a estilista reaproveita tecidos vintage vitorianos e roupas de cama francesas dos anos 1920 para criar calças, blusas, camisas, jaquetas, ternos e até roupas de bebê.

Dimitrios Kambouris/Getty Images
Emily Adams Bode ganhou o prêmio de Designer Emergente no CFDA 2019

 

Reprodução/Instagram/@bode
Sua marca, Bode, trabalha com reaproveitamento de tecidos antigos

 

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Estilista usa tecidos vintage, colchas e até roupas de cama

 

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Contudo, todas as matérias-primas foram originadas antes dos anos 1920

 

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Sua moda masculina tem pegada sustentável e atemporal

 

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Nomes famosos, como Donald Glover, são fãs do trabalho da designer

 

O que pode ser visto por alguns como mercadoria danificada se torna ouro nas mãos de Emily, que demonstra técnicas impressionantes de quilting e patchwork. Descrevendo sua marca como “histórica, confortável e atemporal”, a designer alcança uma sensibilidade dificilmente vista na moda masculina.

“Sempre fui atraída por roupas de homem. Cheguei a criar uma petição para que eu pudesse usar o uniforme masculino na escola, porque estávamos em meio ao inverno, e as meninas também deveriam usar calças para brincar lá fora”, disse ao site do CFDA.

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Trabalhos de quilting e patchwork de Emily são impressionantes

 

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Mesclas de texturas e estampas são recorrentes no trabalho da americana

 

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Conjunto feito com o reaproveitamento de vários tecidos, por meio do patchwork

 

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Peças têm perfume vintage, mas com muita originalidade

 

Para achar as matérias-primas, a jovem estilista, de apenas 29 anos, viaja o mundo desbravando feiras, mercados de pulgas, antiquários e brechós. “Trabalho com muitos tecidos feitos por mulheres. Estamos usando tecidos que foram inicialmente feitos para a casa e têm muita história. Acho que, como mulher, trago um storytelling para a moda masculina”, afirmou ao conselho.

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Emily busca suas matérias-primas em feiras e antiquários

 

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Embora seja considerada uma etiqueta masculina, a Bode é genderless

 

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Trabalho da estilista tem sido celebrado pela indústria

 

Ela se diz satisfeita com seu aconchegante estúdio em Chinatown. Contudo, após o reconhecimento dos colegas, a estilista já pondera uma expansão global – que tem tudo para dar certo. Seu olhar ímpar e suas técnicas direcionadas pela paixão e sustentabilidade se relacionam muito bem com aquilo que é esperado para o futuro da moda.

Colaborou Danillo Costa

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