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Vasco x Flamengo: secretário de Esporte abre mão de pelo menos R$ 300 mil de receita

Leandro Cruz Fróes da Silva autorizou a redução de 15% para 3,5% no percentual cobrado sobre a renda bruta

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Estádio de futebol com público em arquibancada
1 de 1 Estádio de futebol com público em arquibancada - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal reduziu de 15% para 3,5% o valor devido aos cofres públicos pela utilização do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha para o jogo entre Vasco e Flamengo. O percentual é cobrado sobre a renda bruta arrecadada no clássico, marcado para começar às 19h deste sábado (17/08/2019). Até a manhã desta sexta-feira (16/08/2019), mais de 52 mil ingressos haviam sido vendidos de forma antecipada.

A redução foi autorizada pelo secretário de Esporte e Lazer, Leandro Cruz Fróes da Silva, nesta sexta. A medida atende a pedido da Federação de Futebol do DF. A última partida entre os clubes na arena da capital da República, em 2018, gerou receita bruta de R$ 2,9 milhões, quando 54.538 pessoas adquiriram os bilhetes. Se os números se repetirem, a renúncia em 2019 pode chegar a R$ 333,5 mil.

Decreto

A utilização do Mané Garrincha tem um preço. Segundo o Decreto nº 34.561, de 9 de agosto de 2013, o pagamento deve ser recolhido por meio de documento de arrecadação (DAR) em favor do Tesouro do Distrito Federal. No caso de jogo de futebol, a dívida de 15% da renda bruta arrecadada deve ser quitada em 72 horas após o evento.

O Decreto nº 39.739, de 28 de março de 2019, contudo, permite aos gestores a isenção ou redução do percentual caso justifiquem relevante interesse público.

O secretário-executivo de futebol da Secretaria de Esporte, Apolinário Rebelo, disse que a taxa dos jogos do Campeonato Brasileiro marcados no Mané Garrincha tem variado, desde 2015, entre 4% e 6%. “O governo pode cobrar até 15%, é o teto, que nunca foi praticado. O que a gente buscou foi um equilíbrio entre os valores máximos e os mínimos que vêm sendo cobrados em outros estádios”, argumentou.

De acordo com o gestor, a Arena Amazônia cobra 9,9%; o estádio do Espírito Santo, 4%; e o de Juiz de Fora, em Minas Gerais, 2,25%.

A Federação de Futebol do DF não se pronunciou até a última atualização desta matéria.

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