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Ibaneis e hospitais privados discutem ampliação de leitos Covid-19

O governador do DF se encontrou com representantes da rede particular de saúde para analisar medidas de enfrentamento à pandemia

atualizado

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Davidyson Damasceno/Agência IGESDF
Leitos de UTI para Covid-19
1 de 1 Leitos de UTI para Covid-19 - Foto: Davidyson Damasceno/Agência IGESDF

Após o crescimento do número de internação de pacientes com Covid-19, o governador Ibaneis Rocha (MDB) demonstrou a representantes de hospitais privados do Distrito Federal a intenção de contratar mais leitos de UTI.

A reunião entre o emedebista e executivos das unidades particulares de saúde ocorreu nesta segunda-feira (1º/3). À coluna Grande Angular, Ibaneis confirmou a pauta do encontro, mas disse que ainda não foi definida a quantidade de leitos a ser reservada na rede privada.

Diante do recrudescimento da Covid-19, tanto a rede pública de saúde do DF quanto a particular estão à beira do colapso. Segundo dados oficiais, 90% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) da rede controlada pelo governo estão ocupados. Nos hospitais privados, a ocupação é de 88%.

A Secretaria de Saúde abriu 36 novos leitos entre sexta-feira (26/2) e sábado (27/2), mas todos já foram ocupados. Para os próximos dias, o governo pretende providenciar outros 200 leitos, junto ao Ministério da Saúde.

Além de atender a seus próprios pacientes, algumas unidades particulares disponibilizam leitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Essas vagas são preenchidas por pessoas encaminhadas pela Secretaria de Saúde do DF.

A superintendente do Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), Danielle Feitosa, afirmou que a conversa com o Executivo local foi positiva. Ambos os lados compartilharam suas experiências e discutiram o que mais pode ser feito para superar a crise sanitária.

Danielle ponderou que o aumento da oferta de leitos não é automático: “Voltamos com o dever de casa de analisar nossas estruturas. Uma UTI envolve uma série de especialidades – não é só estrutura física, mas também a humana”. “Quem sabe, nos próximos dias, a gente consiga apresentar alguma coisa mais palpável, como um número”, disse.

Segundo a superintendente do sindicato, o setor privado ficou de levantar algumas informações, como a origem dos pacientes que ocupam os leitos particulares, para repassá-las ao GDF.

O Distrito Federal está no segundo dia de lockdown, decretado pelo governo local em razão do agravamento da pandemia. Contra a medida, empresários protestaram em frente ao Palácio do Buriti, causando aglomeração no local, nesta segunda-feira.

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