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Fundo russo e União Química pedirão uso emergencial da Sputnik V nesta semana

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida na Rússia será produzida no Distrito Federal. Ainda não há autorização para aplicação do imunizante

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Mariano Gabriel Sanchez/Anadolu Agency via Getty Images
Chegada da vacina Sputnik V na Argentina
1 de 1 Chegada da vacina Sputnik V na Argentina - Foto: Mariano Gabriel Sanchez/Anadolu Agency via Getty Images

A farmacêutica brasileira União Química e o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF, sigla em inglês) fecharam um acordo, nesta quarta-feira (13/1), para fornecimento ao Brasil de 10 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 Sputnik V, no 1º trimestre de 2021. As entregas devem começar ainda em janeiro.

O pedido de autorização para uso emergencial da Sputnik V no Brasil será feito nesta semana, de acordo com anúncio oficial do RDIF. O CEO do fundo russo, Kirill Dmitriev, encontrou-se com uma comitiva da União Química, nesta quarta-feira, em Moscou. O presidente da farmacêutica brasileira, Fernando Marques, e o diretor de negócios internacionais da empresa, Rogério Rosso, participaram da reunião.

A tecnologia da vacina será transferida para o Brasil, por meio da União Química. A farmacêutica pretende iniciar a produção do imunizante nesta sexta-feira (15/1), em Brasília. A solicitação para estudos clínicos da Sputnik V no Brasil foi realizada em 29 de dezembro de 2020. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu mais informações para concluir a análise.

Brasileiros que trabalham na Embaixada do Brasil na Rússia estão sendo vacinados, segundo o RDIF. O imunizante foi aprovado para aplicação de forma emergencial em países como a Argentina, Bolívia, Argélia, Sérvia e Palestina.

“Nossos parceiros da União Química estiveram entre os primeiros do mundo que demonstraram interesse na vacina russa Sputnik V. Estamos prontos para uma cooperação em larga escala, em suprimentos e produção, para iniciar a vacinação da população no Brasil o mais rápido possível”, disse Dmitriev.

Segundo o CEO do RDIF, a Sputnik V “é uma vacina segura e eficaz, criada em uma plataforma comprovada e bem pesquisada de vetores adenovirais humanos”. “Vários países da América Latina estão vacinando pessoas com o Sputnik V, e esperamos que o Brasil se junte a eles nas próximas semanas”, pontuou.

Dmitriev e o empresário brasileiro pretendem propor a todos os países integrantes do Brics – grupo de nações com economias emergentes – a criação de uma força-tarefa para combater a Covid-19 e cooperar para o acesso e a distribuição das vacinas.

No Brasil, a Anvisa analisa pedido de autorização para uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca, que será importada da Índia, e da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac.

Eficácia

O RDIF anunciou que a eficácia da Sputnik V é superior a 90%, com proteção total contra casos graves da Covid-19. Mais de 1,5 milhão de pessoas receberam o imunizante.

De acordo com o fundo de investimento russo, a temperatura para o armazenamento da vacina é compatível com um refrigerador convencional, ou seja, não haveria necessidade de se investir em infraestrutura adicional para a conservação.

Representantes da União Química se encontram com Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), em Moscou
Representantes da União Química se encontram com Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), em Moscou
O que diz a Anvisa

Em nota, a Anvisa informou que a solicitação para o estudo clínico da Sputnik V foi analisada, e a agência identificou necessidade de que o laboratório complemente os dados. “Ou seja, faltam informações necessárias para que a Anvisa possa fazer a conclusão do pedido de autorização”, pontuou.

Segundo o órgão, o tempo de duração dos testes “depende de questões como logística, mobilização de voluntários e o próprio andamento dos dados”, requisitos de responsabilidade da empresa que desenvolve o imunizante. “Isso não impede que o laboratório faça a produção da vacina, inclusive para a realização de testes. Porém, qualquer aplicação de vacina em estudo só pode ser iniciada após autorização da Anvisa. Da mesma forma, qualquer outro uso fora da pesquisa só pode ser feito após a autorização”, destacou.

Sobre a exportação da vacina contra a Covid-19, a Anvisa acrescentou que não é necessário registro no Brasil. “Para esse caso, a empresa deve ter o Certificado de Boas Práticas de Fabricação para produzir vacina, emitido pela Anvisa”, assinalou.

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