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Chico Vigilante pede “junta médica” para atestar sanidade de Bolsonaro

Declaração foi feita pelo distrital após o presidente compartilhar fake news nas redes sociais para atacar a imprensa

atualizado

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Leonardo Arruda/Metrópoles
chico vigilante
1 de 1 chico vigilante - Foto: Leonardo Arruda/Metrópoles

Conhecido pelo tom ácido de suas críticas, o petista Chico Vigilante apontou sua língua afiada nesta segunda-feira (11/3) para o presidente da República. Ele sugeriu que Jair Bolsonaro (PSL) se submeta a uma “junta médica isenta” para realizar “exame de sanidade mental”.

A declaração foi feita após o titular do Palácio do Planalto usar as redes sociais para postar matéria falsa envolvendo uma jornalista do jornal O Estado de S. Paulo e atacar a imprensa.

“É muito desalentador ver que Jair Bolsonaro, um elemento inábil, se vale de informações de um site de fake news para atacar a honra e a dignidade de uma profissional da imprensa”, destacou o parlamentar.

Para Chico Vigilante, o presidente da República deveria estar preocupado em encontrar soluções para os graves problemas do Brasil. “Na verdade, o que Jair Bolsonaro, o rei das fake news, quis com isso foi esconder a sua ligação direta com as milícias do Rio de Janeiro”, acusou.

Em seu quarto mandato como distrital e tendo sido duas vezes deputado federal pelo DF, Vigilante sempre foi uma das vozes mais estridentes na capital federal em defesa de Lula, hoje preso em Curitiba.

A “informação” sobre a repórter do Estadão foi publicada pelo site Terça Livre, que reúne ativistas conservadores e simpatizantes da família Bolsonaro, repercutindo postagem anterior feita numa página em francês. O site atribuiu falsamente à repórter Constança Rezende a declaração “a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”, ao tratar da cobertura jornalística sobre as movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador e filho mais velho do presidente.

Checagem feita pela Agência Lupa confirmou tratar-se de fake news. “A citação atribuída à repórter não aparece sequer na transcrição que a própria página faz de toda a conversa que a jornalista do Estadão teria supostamente mantido em inglês com um estrangeiro, sobre a investigação envolvendo Flávio Bolsonaro”, destacou a Lupa.

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