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Viúvo de Gilberto Braga entra na Justiça contra a Globo; saiba mais

Edgar Moura Brasil, viúvo de Gilberto Braga, quer descobrir se a Globo ainda deve direitos e pagamentos ao autor por obras feitas para a emi

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O viúvo de Gilberto Braga, que morreu em outubro de 2021 por causa de uma infecção generalizada, Edgar Moura Brasil, entrou na Justiça contra a Globo. Na ação, ele quer descobrir se existem pagamentos e direitos em cima de obras do autor que a Globo deixou de pagar, de acordo com o F5. 

Na ação, Brasil alega que tentou contato com a emissora e que agora, na Justiça, pede que ela apresente os contratos assinados com Gilberto Braga. Ele afirma ser sócio e responsável pela GT Produções Artísticas LTDA, empresa criada pelo autor para fechar os acordos com a Globo. 

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O objetivo do processo, segundo o texto, é conseguir as informações necessárias para preservar os “direitos patrimoniais e morais” de Braga. Isso porque a Globo não teria revelado informações sobre vendas de trabalhos escritos por ele, como A Escrava Isaura, que teve a exibição negociada com mais de 100 países. 

“Sem as informações, comprovações e dados que se pretende acesso por meio da presente, a Autora sequer sabe se aquilo que lhe é devido, a título de exploração patrimonial de suas obras Intelectuais”, diz a defesa de Edgar Moura Brasil. 

O viúvo deseja ainda abrir um processo de prestação de contas caso a Justiça acate o primeiro pedido, de apresentar os contratos. Ele também mantém uma ação na qual pede o pagamento da última parcela do contrato do autor com a emissora, que equivale a cerca de R$ 290 mil. 

Viúvo de Gilberto Braga processa Globo e pede R$ 290 mil

Edgar Moura Brasil, viúvo de Gilberto Braga, cobra R$ 290 mil da TV Globo na Justiça, referentes à última parcela do contrato entre o autor de novelas e a emissora. Braga morreu em outubro de 2021, aos 75 anos.

Em processo divulgado pela Folha de S. Paulo, os advogados de Gilberto Braga afirmam que o novelista assinou um contrato com a emissora em 2018, visando produzir roteiros de obras audiovisuais. Ele teria confirmado o documento como pessoa jurídica, ou seja, pela sua empresa.

“Ademais, embora o Sr. Gilberto Braga não mais pudesse, pessoalmente, executar algumas atividades, fato é que seu trabalho, contratado por meio da pessoa jurídica da autora, já havia sido entregue e, portanto, a obrigação para com a última persistia e persiste até hoje”, diz a defesa no processo.

O contrato previa pagamentos mensais de R$ 300 mil em 2019, R$ 250 mil em 2020 e R$ 200 mil em 2021. Um e-mail anexado no processo, no entanto, aponta que, em dezembro de 2021, uma funcionária do canal alegou que o pagamento não seria feito por conta da morte de Braga.

De acordo com a reportagem, a parcela que ainda não foi paga chegaria aos R$ 290 mil hoje, com juros e correção monetária. A defesa de Edgar ainda pede que o canal pague as despesas processuais e os honorários.

Edgar e Braga se casaram em 2014, mas estavam juntos há 49 anos. A Globo alegou não conhecer o processo do viúvo, enquanto a defesa de Brasil não quis comentar o caso.

Autor de novelas Gilberto Braga morre aos 75 anos

O autor brasileiro de novelas Gilberto Braga morreu, na noite de 26 de outubro de 2021, aos 75 anos de idade. Ele sofria do Mal de Alzheimer e estava internado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.

O carioca estava enfrentando uma infecção sistêmica a partir de perfuração do esôfago, mas não resistiu às complicações.

Gilberto era casado com o decorador Edgar Moura Brasil. Ele faria aniversário na segunda-feira, dia 1º de novembro.

Braga teve longa carreira na TV Globo, onde escreveu bem-sucedidas novelas, como Dancin Days (1978), Escrava Isaura (1984), Vale Tudo (1988) e Paraíso Tropical (2008), pela qual recebeu o prêmio Emmy.

Foi “pai” de personagens icônicas, como Odete Roitman, vivida por Beatriz Segall em Vale Tudo, e Júlia, protagonizada por Sônia Braga em Dancin Days.

O autor nasceu no Rio de Janeiro e cursou letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Braga deu aulas na Aliança Francesa e também trabalhou como crítico de teatro e cinema do jornal O Globo.

Em 1972, ele estreou na Globo como autor, com uma adaptação de A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, para um Caso Especial. Em 1974, teve a sua primeira experiência em telenovela, com Corrida do Ouro.

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