O empresário Marcus Montenegro esteve no podcast Papagaio Falante e revelou histórias sobre Guilherme de Pádua que não foram ao ar em Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max. O profissional explicou que encontrou o pastor às 4h da manhã em Cuiabá e acredita, até hoje, que há algo por trás da viagem do ex-ator para o local.
“Na volta de Cuiabá, nós encontramos o Guilherme de Pádua às 4h no aeroporto, dormindo na cadeira. Ele estava com uma tiara de couro, como se fosse uma coisa indígena”, relembrou Montenegro, que estava acompanhado do ator Fábio Assunção.

O lançamento da minissérie documental Pacto Brutal, sobre o assassinato de Daniella Perez, traz à tona detalhes da vida e do assassinato da jovem de 22 anos, que estava no auge da carreira artísticaReprodução

Daniella Ferrante Perez Gazolla, filha da autora de novelas Glória Perez, sempre foi apaixonada por arte. Tornou-se bailarina ainda na adolescência e, devido ao talento, foi convidada para dançar profissionalmente em uma das melhores companhias do Rio de Janeiro Reprodução

A habilidade na dança, inclusive, rendeu à moça a primeira participação especial na TV, dançando na abertura da novela Kananga do Japão, da TV Manchete. Nos bastidores, conheceu o ator Raul Gazolla, com quem casou em 1990Reprodução

A experiência foi inspiração para que ela tentasse carreira como atriz. Após realizar testes, ganhou a oportunidade de interpretar a personagem Clô, na telenovela Barriga de AluguelReprodução

A interpretação da jovem chamou a atenção do diretor Dennis Carvalho, que, mais tarde, a convidou para dar vida à personagem Yara, na novela Dono do Mundo. Apesar de estar no início da carreira, Daniella se tornou nacionalmente conhecida pelo públicoReprodução

Em 1992, interpretou a personagem Yasmim, em De Corpo e Alma, última novela em que contracenou. Na obra, fazia par romântico com o ex-ator Guilherme de Pádua, que estreava em seu primeiro grande trabalho na TV e que seria o responsável pela morte da atriz no mesmo anoDivulgação

Em 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado ao lado do carro dela em um matagal localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 18 perfurações. Após colher depoimentos de testemunhas, a polícia chegou até Guilherme e a esposa dele, Paula ThomazReprodução

À época, uma pessoa teria visto o carro do ex-ator, com a placa adulterada, na cena do crime. Segundo a Justiça, os criminosos teriam armado emboscada para assassinar Danielle. Ambos foram condenados a 20 anos de prisão por homicídio qualificadoReprodução/ Instagram

Ainda de acordo com a Justiça, Guilherme ficou inseguro após perceber que o personagem dele na novela não estaria presente em dois capítulos. Como assediava Daniella, colocou na cabeça que a atriz teria contado sobre as investidas dele para a mãeDivulgação

O ator arquitetou então o assassinato da jovem com a ajuda da esposa, que sentia muito ciúme de Daniella por causa das cenas entre eles Divulgação

Hoje, Guilherme é pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Em uma de suas últimas aparições públicas, o ex-ator foi flagrada em um protesto pró-Bolsonaro Instagram/Reprodução
“Eu não via o Guilherme há muito tempo, o Fábio encontrava com ele nos bastidores da novela. Eu perguntei: ‘Guilherme, o que você está fazendo em Cuiabá?’. Ele respondeu: ‘Vim fazer um baile de debutante'”, contou o empresário, explicando que eles estavam na cidade pelo mesmo motivo, mas que a situação os deixou desconfiados. “Só tinha um clube. A gente achou estranho”, completou.
Em outro momento, Montenegro contou que estava em contato com Gloria Perez no dia da morte de Daniella. “Eu estava produzindo Cristiana Oliveira e Fábio Assunção em uma peça chamada ‘Bate Outra Vez’. Na noite em que Daniella foi assassinada, eu estava no teatro ensaiando com eles”, disse.
Entretanto, ele estava no celular com o ex-sócio, que estava na casa da autora de novelas. “O Raman, meu ex-sócio, estava na casa da Gloria Perez confirmando o elenco da novela para a festa do dia seguinte”, explicou. Gloria seria homenageada na peça. “Até que [Raul] Gazolla chega, diz que o carro da Dani sumiu e começa aquilo tudo”, finalizou, explicando que acompanhou a mãe de Daniella na delegacia e, depois, no corpo.