metropoles.com

Blocos tradicionais cobram mais recursos, mas GDF não libera verba

O grupo que representa oito blocos, como Pacotão e Raparigueiros, ameaça não sair às ruas. Governo alega que não tem dinheiro

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pacotão1
1 de 1 Pacotão1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) adota um discurso de austeridade fiscal e alega não ter dinheiro para pagar o aumento de servidores ou mesmo quitar débitos com prestadores de serviço. Mesmo assim, a Liga dos Blocos Tradicionais pressiona por mais recursos para a folia. Após reunião com o Secretário de Cultura, Guilherme Reis, nesta segunda-feira (20/2), o grupo manteve a posição de não sair às ruas caso o Poder Executivo não libere mais verba.

A Liga dos Blocos Tradicionais contempla Pacotão, Galinho de Brasília, Mamãe Taguá, Asé Dudu, O Menino da Ceilândia, Bloco dos Raparigueiros, Baratona e Baratinha. O presidente da instituição, Jorge Cimas, alega que os R$ 750 mil liberados via Lei de Incentivo à Cultura (LCI) são insuficientes para cobrir os gastos do carnaval. Nesta terça-feira (21), eles prometem novo encontro para pressionar o GDF.

Ao todo, a folia vai custar R$ 1,5 milhão. O recurso foi captado por meio da LCI — quando empresas públicas ou privadas repassam a verba em troca de isenção fiscal no Imposto de Renda. Na última sexta-feira, o secretário de Cultura, Guilherme Reis, informou que o governo não pode ceder. “Não dá para repassar dinheiro a oito blocos quando há mais de 100 nas ruas.”

A referência de Guilherme é aos Blocos Alternativos, que comandam a folia do pré-carnaval e que também participarão dos dias oficiais de festa. O mais expressivo é o Babydoll de Nyllon que, em 2016, reuniu cerca de 65 mil pessoas. Outros nomes que costumam lotar as ruas do DF são o Aparelhinho e o Divinas Tetas.

Apesar da concorrência, os blocos tradicionais garantem que o GDF precisa repassar os recursos para “salvar o carnaval”. “Temos a contratação de 3 mil profissionais, gastos com alimentação, transporte e confecção de fantasias, entre outros serviços. Até o momento, não possuímos recursos para arcar com as 24 apresentações oficiais. Não fazemos show de pendrive”, critica Jorge Cimas.

Para este ano, a expectativa é que a cidade receba ao menos 2 milhões de foliões e que a economia da capital movimente R$ 500 milhões ao longo de todo o carnaval.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?