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Vítimas do desmoronamento em gruta pretendiam se casar ainda este ano

Celso Galina Júnior, 30 anos, foi instrutor do curso de bombeiro civil que Ana Carla Costa Rodrigues de Barros, 28 anos, fez há um ano

atualizado

Reprodução
Celso Galina Júnior, 30 anos, e Ana Carla Costa Rodrigues de Barros, 28 anos, pretendiam se casar até o fim do ano

São Paulo – Ana Carla Costa Rodrigues de Barros, de 28 anos, e Celso Galina Júnior, 30, vítimas do desmoronamento em Altinópolis, no interior de São Paulo, pretendiam morar juntos e se casar até o fim do ano. Celso era instrutor do curso da Escola Real Life que reuniu 26 pessoas na Gruta Duas Bocas para um treinamento de resgate em caverna. Ana Carla fazia parte da turma de alunos que já eram bombeiros civis formados.

A mulher, que fez aniversário no último dia 15, morava com o filho de 4 anos em Sales Oliveira, mesma cidade em que residem seus pais, dois irmãos e uma irmã. Já Celso morava em Batatais, município no qual o casal planejava morar juntos.

“Até o fim o ano ela se mudaria para a cidade dele. Eu até falei para ela: ‘quando você se mudar eu vou na sua casa’. Mas infelizmente não deu tempo”, contou a professora Regiane Umbelina, amiga de infância de Ana Carla. As duas se conheceram quando tinham 6 anos, à época, as mães delas trabalhavam juntas.

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Segundo a professora, a bombeira civil tirou 10 dias de férias em outubro para procurar uma casa em Batatais. Regiane, que agora mora em Birigui, relatou que Celso foi instrutor do primeiro curso de formação de bombeiro civil que Ana Carla fez para iniciar a carreira.

“Eles se conheceram no curso, mas foram se relacionar apenas depois de um tempo”, disse Regiane. O casal que morreu no desmoronamento da Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, no domingo (31/10) estava junto há cerca de um ano.

Bombeira civil

De acordo com a amiga de infância, Ana Carla trabalhava como bombeira civil há um ano e meio, geralmente em festas particulares.

“Desde que ela se formou no curso de bombeiro civil, ela sempre fazia muitos treinamentos, inclusive dentro de grutas. Ela nunca comentou comigo ter presenciado alguma situação de risco em caverna”, contou.

Em luto, Regiane acredita que, apesar de trágica, a morte faz jus a história da amiga. “Ela viveu intensamente e morreu fazendo o que gostava, é isso que deixa so nossos corações em paz”, afirmou a professora.

Desmoronamento de gruta

Os nove bombeiros civis que morreram soterrados no desmoronamento do teto da Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, no interior de São Paulo, tinham entre 18 e 53 anos. As vítimas integravam um grupo de 26 pessoas que estavam acampadas no local para participar de um curso para bombeiros civis, da Escola Real Life, sobre resgate em cavernas.

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As nove vítimas do desmoronamento da gruta, segundo o G1, são:

  • Celso Galina Júnior, 30 anos, Batatais;
  • Jenifer Caroline da Silva, 25 anos, Batatais;
  • José Cândido Messias da Silva, 53 anos, Batatais;
  • Elaine Cristina de Carvalho, 52 anos, Batatais;
  • Rodrigo Triffoni Calegari, 32 anos, Batatais;
  • Jonatas Ítalo Lopes, 28 anos, Batatais;
  • Débora Silva Ferreira, Monte Santo de Minas (MG);
  • Ana Carla Costa Rodrigues de Barros, 28 anos, Sales Oliveira (SP);
  • Natan de Souza Martins, 18 anos, Altinópolis.

Apenas uma pessoa foi resgatada com vida e encaminhada para o pronto-socorro da região. Os corpos das vítimas do acidente foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). O desmoronamento na caverna aconteceu na madrugada deste domingo (31/10), entre 2h e 3h30.

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Operação de resgate
Os trabalhos para resgate das vítimas começaram ainda no início da madrugada e chegaram a mobilizaram 75 agentes do Corpo de Bombeiros, além de integrantes do Grupo de Atendimento em Emergência e Desastre (GEAD), da Polícia Militar local, incluindo equipes do Canil, e do Comando de Aviação da PM (CavPM) com duas aeronaves.
Também participaram do salvamento técnicos especialistas em resgate da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e um geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O acesso ao local conhecido como Gruta Duas Bocas, próxima à Gruta de Itambé, ponto turístico na região rural da cidade, é normalmente difícil, mas para complicar a situação chovia durante o resgate. Foi aberta uma clareira para que dois helicópteros Águia da Polícia Militar pudessem acessar a região.

➡ Quatro mortes são confirmadas no desmoronamento de gruta em São Paulo

 






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