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Vídeo: suspeito de matar pastora foi flagrado correndo nu em rua de GO

Jovem de 22 anos teria tentado matar esposa e enteada horas antes de atacar pastora. Ele ainda cuspiu em policiais e resistiu a prisão

atualizado

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Pastora morta goiania filho grammy mãe igreja goiânia goiás
1 de 1 Pastora morta goiania filho grammy mãe igreja goiânia goiás - Foto: Reprodução

Goiânia – O jovem de 22 anos suspeito de matar uma pastora de 79 anos com golpes na cabeça foi flagrado correndo pelado pelas ruas da capital de Goiás, logo após o crime, conforme a polícia. Ele também estava nu no momento em que assassinou a religiosa.

Odete Rosalina Machado da Costa foi atacada no final da madrugada desta sexta-feira (14/1) enquanto fazia uma reunião de oração junta de um fiel, de 44 anos, dentro da igreja evangélica que liderava.

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Matheus Macaubas Lima Santos invadiu o templo e acertou pelo menos três golpes na cabeça da pastora na porta da igreja, segundo o delegado André Veloso, que apura o caso. Odete é mãe do cantor gospel Delino Marçal, de 35 anos, ganhador do Grammy Latino Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa de 2019.

Veja o vídeo:

Depois de matar a pastora Odete, que ficou caída na calçada, em frente à igreja, o jovem de 22 anos, em aparente surto, saiu correndo pela região sudoeste de Goiânia, onde ocorreu o ataque. Conforme a Polícia Civil, o vídeo é desta sexta.

Cara está pelado!

Uma pessoa que dirigia próximo ao local, chegou a flagrar o jovem pelado andando na rua e gravou um vídeo. Nas imagens é possível ver o homem nu, aparentemente pedindo carona. “Olha o que estou vendo, o cara está pelado!”, diz o motorista enquanto filma a situação inusitada.

Pouco depois da gravação desse vídeo, Matheus foi preso por uma equipe da Polícia Militar (PM), segundo o delegado André Veloso. A prisão foi feita a cerca de 1 quilômetro do local do crime.

Acontece que essa prisão não foi simples de ser efetuada, pois o jovem não aceitava ser levado pelos policiais. Um dos policiais relatou a situação em depoimento na delegacia.

Suspeito violento

Segundo o agente, o jovem recebeu voz de prisão quando passava por um terreno baldio. Ele não obedeceu os militares e até cuspiu nos policiais, dizendo que passaria Covid-19 para eles.

Na sequência, os PMs tiveram que usar a força para conseguir algemar o suspeito, que reagiu com chutes e pontapés. As pernas do homem pelado foram amarradas com o auxílio de ataduras. Homens do Corpo de Bombeiros auxiliaram na contenção do suspeito.

Os policiais chegaram a ficar com hematomas, segundo depoimento. Quando Matheus chegou na Central de Flagrantes da Polícia Civil, ele não aceitou dar seus dados pessoais, nem vestir as roupas oferecidas no IML. O jovem também não quis assinar seu interrogatório.

Histórico

Segundo o delegado André Veloso, o suspeito tentou matar a esposa e a enteada horas antes do assassinato da pastora. Familiares dele confirmaram a história.

Parentes de Matheus teriam descoberto que ele usava crack há dois meses. Na mesma época, ele teria tido um surto, em que andou cerca de 20 quilômetros apenas de cueca.

O jovem chegou a ficar internado em uma clínica psiquiátrica por um mês e não teve novos episódios de surto, com exceção da madrugada desta sexta.

Surto

Segundo o delegado, o jovem passou a quinta-feira fora de casa, chegou tarde em casa e foi dormir. Durante a madrugada, por volta das 2 horas, ele acordou e teria tentado matar a esposa e enteada, com quem moram.

“Ele estava procurando uma faca pela casa. A mulher sabia que ele estava ruim, deve ter percebido que ele tinha chegado alterado, e ela escondeu as facas”, contou o delegado ao Metrópoles.

O tio da esposa de Matheus, que mora no mesmo lote, conseguiu retirar o jovem da casa. O jovem então teria saído pela rua correndo apenas de bermuda.

Policiais civis estão fazendo entrevistas e procurando por câmeras de monitoramento para saber qual foi o caminho que o suspeito fez entre a tentativa de homicídio da companheira e o assassinato da pastora.

O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).

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