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Aprovado com folga na Câmara, marco fiscal vai ao Senado; veja ponto a ponto

Texto-base do marco fiscal foi aprovado na terça (23/5), por 372 votos favoráveis e 108 contrários; quatro destaques ainda serão votados

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Igo Estrela/Metrópoles
Foto colorida mostra plenário e Mesa Diretora da Câmara dos Deputados do Brasil durante sessão plenária - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra plenário e Mesa Diretora da Câmara dos Deputados do Brasil durante sessão plenária - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do novo marco fiscal nessa terça-feira (23/5). Em resumo, a proposta detalha o novo mecanismo que substituirá o teto de gastos, com objetivo de controlar as despesas do governo.

Aprovada por 372 votos favoráveis e 108 contrários, o texto sofreu alterações do relator da pauta, Cláudio Cajado (PP-BA). A Câmara ainda votará nesta quarta (24/5) quatro destaques (alterações propostas ao texto).

A matéria prevê mecanismos para limitar os gastos do governo e estabelecer regras para o crescimento das contas públicas. Veja os principais pontos:

  • Para fazer a conta de quanto poderá gastar no ano seguinte, o governo usará as receitas primárias líquidas nos 12 meses até junho do ano anterior;
  • O crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta de superávit primário seja cumprida;
  • O crescimento dos gastos públicos fica limitado a 50% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta não seja cumprida;
  • Mesmo que a arrecadação do governo cresça muito, o aumento real da despesa permanecerá entre o mínimo de 0,6% ao ano e máximo de 2,5% ao ano;
  • Com o fim do teto de gastos, os mínimos constitucionais de saúde e educação retornam a ser aplicados como eram até 2016: 15% da RCL (receita corrente líquida) para a saúde e 18% da receita líquida de impostos no caso da educação;
  • Se as receitas não avançarem como projetado, o governo será obrigado a contingenciar despesas.

O percentual mínimo tem como objetivo evitar que uma queda brusca ou temporária na arrecadação obrigue o governo a comprimir despesas. O máximo, por outro lado, impede que o Executivo aumente os gastos de forma exagerada quando há pico nas receitas.

Um dos destaques foi apresentado por parlamentares do Distrito Federal, para a retirada do Fundo Constitucional do DF (FCDF) do novo marco fiscal. Alberto Fraga (União-DF) e Fred Linhares (Republicanos-DF) receberam apoio dos demais parlamentares representantes da capital do país.

Veja como cada deputado federal votou na aprovação do marco fiscal

Limitações

O descumprimento da nova regulamentação não vai configurar crime. No entanto, o descumprimento dos contingenciamentos e dos gatilhos, atualmente, é uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal – passível de punição.

Fim do teto de gastos

A proposta do novo marco fiscal está no PLP 93/2023. Ele surge para substituir o teto de gastos, implementado no governo do presidente Michel Temer (MDB), em 2016.

A mudança era uma exigência prevista já na PEC da Transição. A matéria permitiu ao governo Lula utilizar R$ 145 bilhões no Orçamento de 2023 fora do teto de gastos, para bancar despesas, como o Bolsa Família, o Auxílio Gás, a Farmácia Popular e outros.

Votação

Veja como foi a orientação de cada bloco e partido sobre o marco fiscal:

Governo: sim
Oposição: não
Maioria: sim
Minoria: não
Bloco União Brasil, PP, PSB, PDT, federação PSDB-Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade: sim
Bloco Podemos, MDB, PSD, Republicanos e PSC: sim
Federação PT/PCdoB/PV: sim
PL: liberou
Federação PSol/Rede: não
Novo: não

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