1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse em coletiva nesta sexta-feira (29/7) que as primeiras vacinas contra a varíola dos macacos devem chegar ao país em setembro. Não há previsão para que ela seja aplicada em toda a população e sim em grupos específicos, como profissionais da saúde.
“O Ministério da Saúde fez sua encomenda à [Organização Pan-Americana da Saúde] Opas de 50 mil doses de vacina. Para se ter uma ideia, para toda a região das Américas, o pedido do fundo rotatório é da aquisição de 100 mil doses de vacinas”, afirmou o secretário.
A previsão é de que a segunda remessa chegue em novembro. Uma vez que a empresa que produz o imunizante não tem sede no Brasil, a dinamarquesa Bavarian Nordic, a alternativa encontrada pela pasta foi usar o fundo rotatório da organização.
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano
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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação
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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo
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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados
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“Obviamente, se o Instituto Butantan tiver a capacidade e agilidade de produzir a vacina o quanto antes, nós iremos fazer tratativas com o Instituto Butantan, com Bio-Manguinhos ou com qualquer outro laboratório público nacional, ou mesmo outro laboratório que não seja público, para adquirirmos mais vacina, caso haja essa necessidade”, continuou Medeiros.
O ministério confirmou, nesta sexta, a primeira morte pela doença no país. O homem de 41 anos morreu em Belo Horizonte (MG) e tratava um linfoma. O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até o momento, 1.066 casos da doença.
A pasta também ativou um Centro de Operação de Emergência (COE), responsável por criar um Plano de Contingência para o surto da doença no país. O grupo é composto de representantes dos estados e municípios também farão parte do grupo por meio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Também participam a Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.