Unidos Pela Vacina monta mapa de dificuldades para vacinação no Rio
Movimento nacional tem como propósito tornar viável a vacinação nos municípios e imunizar todos os brasileiros até setembro
atualizado
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Rio de Janeiro – O movimento Unidos pela Vacina concluiu, na última terça-feira (30/3), o levantamento de todas as necessidades dos municípios fluminenses para que a vacinação contra a Covid-19 seja realizada sem entraves. Em todo o país, 9% dos municípios já foram mapeados por meio de um questionário respondido pelos secretários municipais de Saúde. O coletivo reúne, em todo o Brasil, mais de 3.000 pessoas entre empresários, artistas, atletas, cientistas, representantes de entidades setoriais, instituições, associações, comunidade e ONGs.
Apartidário, o grupo tem um único propósito: tornar viável vacinar todos os brasileiros, com a meta de concluir a imunização até setembro de 2021. Criado em fevereiro, o movimento busca solucionar as dificuldades apontadas pelos 5.570 municípios.
No Rio, as maiores dificuldades que o grupo trabalha para solucionar são as faltas de insumos específicos para a vacinação, como câmaras frias, caixas térmicas para transportes de doses e serviços logísticos, como transportes e organização de fluxos.
Para Guilherme Lencastre, coordenador do Unidos Pela Vacina no Rio e representante da Enel, uma das maiores companhias de energia elétrica nas Américas, toda ajuda é bem-vinda para que o Brasil consiga chegar na meta otimista de ter toda a população imunizada o mais rápido possível.
“Cada ator envolvido deve ajudar como pode, oferecendo doações ou serviços que sejam relevantes para o processo, com os recursos que dispõem. Nós, da Enel, por exemplo, mapeamos os locais onde há reservas de vacinas em estoque e trabalhamos para reforçar o fornecimento de energia nesses locais para evitar quedas no serviço e, assim, não inutilizar as vacinas. Vamos colocar geradores também nesses locais para garantir a energia constante e preservar as doses”, explica.
Ainda segundo Lencastre, ao identificar uma necessidade de um lado, o grupo trabalha para, do outro, promover o “amadrinhamento do município” pelas empresas parceiras.
“No Rio, antes mesmo da pesquisa concluída, 16 municípios já tinham empresa madrinhas – a mesma empresa pode ser a bem feitora com mais de um município”, conta, lembrando que não é intenção do movimento a compra de vacinas, mas oferecer soluções para as dificuldades de vacinação. “Não estamos comprando e nem queremos adquirir doses de vacinas. Estamos formando uma rede para garantir o serviço”, completa.
O movimento já contribuiu em diversas frentes de trabalho junto ao Governo Federal, estados brasileiros, secretarias de saúde, municípios e meios de comunicação.
“Nessa corrida pela vida, contra essa pandemia sem precedentes, cada minuto importa. Não estamos medindo esforços para que possamos concretizar nosso objetivo de tornar viável a vacinação para cada brasileiro deste país até setembro e colocar fim à essa situação tão dolorosa para nós e para o mundo”, afirma Luiza Helena Trajano, mentora do movimento e dona da rede Magazine Luiza.
Com os dados dos municípios do Rio mapeados, o próximo passo e buscar as soluções e buscas novos parceiros, que, comemora Lencastre, chegam a cada passo do movimento.
“Temos ótimos parceiros e estamos ampliando e trabalhando por mais. Tantas empresas que se propõem a doar insumos e equipamentos, como as que doam serviços. Há parceiros também fornecendo tecnologia, softwares e plataformas. Alguns, usados para a formação de bancos e proteção dos dados da vacinação nos municípios”.
Outra frente a ser comemorada é a parceria com a secretaria municipal de Saúde do Rio para a montagem e estruturação dos pontos de vacinação drive-thru, com empresas, entre elas a Firjan, financiando a montagem de tendas, uniformes, insumos, e a logística desses pontos.
“São seis ou oito locais de drive-thru no município com parceiros do movimento. Essa modalidade do serviço diversifica, aumenta a rede vacinadora, oferecendo um serviço mais rápido e mais seguro para os idosos. Temos oito empresas contribuindo, equipando e fornecendo insumos, como álcool gel e caixas térmicas. E esse número pode e deve aumentar”, conclui Lencastre.