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Troca de ministros e secretários na Saúde e Educação custou R$ 1,4 milhão

O valor se refere à ajuda de custo paga pela União por conta dos descolamentos durante nomeação ou exoneração do primeiro escalão do governo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
camara dos deputados
1 de 1 camara dos deputados - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e o interino, há 90 dias, Eduardo Pazuello formam, até então, o trio de ministros e ex-ministros da Saúde em apenas um ano e oito meses de governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As mudanças também aconteceram na pasta da Educação, com Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e o atual Milton Ribeiro estampado o quadro ministerial.

A dança das cadeiras, por consequência, afetou a permanência de secretários. E as constantes nomeações e exonerações, o cofre da União. As trocas no primeiro escalão nos dois principais ministérios custaram R$ 1.268.774,48 só com o famoso “auxílio-mudança”, dinheiro pago para cobrir o deslocamento dos agentes políticos.

Os dados foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela agência Fiquem Sabendo e analisados pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.

Ao todo, foram 34 ajudas de custo nas chegadas e saídas de 45 comissionados, entre ministros e secretários. Alguns optaram por não receber; outros embolsaram o benefício duas vezes.

Na pasta da Saúde, apenas 10 dos 21 nomes do alto escalão pediram o auxílio. Entre eles, nenhum ministro. O ex-secretário de Atenção Primária à Saúde, Herno Harzheim, por outro lado, recebeu duas vezes, somando o maior valor. Foi um total de R$ 89.013,81 de auxílio, sendo R$ 35.176,38 quando assumiu o cargo e R$ 53.837,43 quando saiu.

No Ministério da Educação, a conta foi mais alta. As mudanças de 24 nomeados custaram R$ 965 mil. O ex-ministro Abraham Weintraub, ao assumir, recebeu R$ 30.655,30, por exemplo. Segundo a pasta, o valor referente à exoneração “ainda não foi solicitado”. Ricardo Vélez Rodríguez, ao contrário, optou pelo benefício. Ele embolsou mais de R$ 120 mil só para entrar e sair do ministério.

Veja lista:

Quem tem direito?
O servidor nomeado para os cargos de ministro de Estado, de titular de órgãos essenciais da Presidência da República, de Natureza Especial e do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) pode optar por receber o benefício quando implicar exercício em nova sede.

O montante corresponderá a uma remuneração do servidor, caso possua até um dependente; a duas remunerações caso possua até dois dependentes; e a três remunerações caso o servidor possua três ou mais dependentes.

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