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Trens que se chocaram no Rio permanecem parados nos trilhos

Polícia investiga causas do acidente que matou maquinista e deixou oito pessoas feridas na estação São Cristóvão

atualizado

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DIKRAN JUNIOR/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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1 de 1 colisao-trens-rio2 - Foto: DIKRAN JUNIOR/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Os dois trens que colidiram nessa quarta-feira (27/2) na zona norte do Rio de Janeiro continuam na linha A da estação São Cristóvão, mais de 24 horas após o acidente. A Supervia, concessionária que opera o sistema, não deu prazo para a desobstrução da linha férrea.

A situação afeta a operação do Ramal Deodoro, na manhã desta quinta-feira (28/2). De acordo com a Supervia, os trens paradores deste ramal circulam com intervalos irregulares e as composições com sentido à Central do Brasil não fazem parada na estação São Cristóvão.

Já as que vão para Deodoro não param na estação Praça da Bandeira. A concessionária informou ainda que as viagens expressas do ramal Deodoro, assim como os demais ramais do sistema, operam normalmente.

O trabalho de remoção das composições envolvidas no acidente começou na tarde desta quarta-feira, logo após o fim da operação de resgate do maquinista Rodrigo da Silva Ribeiro Assumpção, que foi retirado com vida das ferragens após mais de sete horas, mas morreu vítima de uma parada cardíaca.

Rodrigo era funcionário da Supervia desde 2011 e desempenhava a função de maquinista há cinco anos. Ele deixa mulher e dois filhos. Em nota, a empresa lamentou a morte de Rodrigo e informou que está prestando toda assistência à família do maquinista.

O acidente teve pelo menos outras 8 vítimas. Elas foram resgatadas com ferimentos leves e encaminhadas para hospitais da região, mas todas já foram liberadas.

Polícia investiga causas do acidente
As causas do acidente são investigadas pela Polícia Civil, que já fez perícia no local da colisão. A Supervia também instaurou sindicância para apurar as causas do acidente e que os resultados vão ser divulgados em até 30 dias.

Além disso, a concessionária assinou Termo de Ajustamento de Conduta com a Defensoria Pública do Estado do Rio, para oferecer reparação individual e coletiva pelos danos causados pelo acidente.

De acordo com a Defensoria, o acordo prevê o custeio integral de tratamento médico, fisioterápico e psicológico para todas as vítimas, além de indenização.

A Supervia também terá que fornecer 30 mil bilhetes gratuitos para os passageiros do ramal Deodoro. Os critérios de distribuirão ainda vão ser definidos.

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