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Trabalhadores da Ford convocam protesto contra fechamento da fábrica

A manifestação acontecerá nesta quinta-feira (7) às 9h. A fábrica emprega cerca de 3 mil funcionários diretos e 1,5 mil terceirizados

atualizado

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Roberto Parizotti/ CUT
Trabalhadores da Ford fazem manifestações
1 de 1 Trabalhadores da Ford fazem manifestações - Foto: Roberto Parizotti/ CUT

Trabalhadores da Ford irão realizar nesta quinta-feira (7/3) um protesto contra a decisão da empresa de fechar a fábrica local. A passeata sairá da sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC até a igreja matriz de São Bernardo do Campo.

A manifestação começará às 9h, mesmo horário em que dirigentes do sindicato vão se reunir com o comando da montadora em sua sede, nos Estados Unidos. Em frente à igreja ocorrerá um ato inter-religioso.

“Enquanto eles se reúnem lá, nós nos mobilizamos aqui. Não aceitaremos essa decisão unilateral da empresa, que vai deixar mais de 4 mil famílias sem emprego, além de impactar toda uma cadeia com mais de 15 mil postos de trabalho. Vamos nos manter unidos e em protesto até a Ford dizer que fica”, disse, em nota, o secretário-geral do sindicato, Aroaldo Oliveira.

Viajaram aos EUA para o encontro o presidente do sindicato, Wagner Santana, o ex-presidente Rafael Marques, e o coordenador do Comitê Sindical na Ford, José Quixabeira de Anchieta. Eles vão tentar convencer a matriz de que a fábrica ainda é viável.

Sem lucratividade
A fábrica emprega cerca de 3 mil funcionários diretos e 1,5 mil terceirizados. Produz caminhões – segmento que a empresa decidiu abandonar – e o modelo Fiesta, que vai sair de linha. Segundo a Ford, o processo de encerramento ocorrerá ao longo deste ano.

A montadora alega necessidade de retomar a lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul, onde registrou prejuízos de US$ 4,5 bilhões entre 2013 e 2018. O Brasil responde por cerca de 60% das vendas da marca na região.

Desde o anúncio, no último dia 19, a produção da fábrica está parada por orientação do sindicato, por acreditar que há riscos aos trabalhadores se continuarem em suas atividades num ambiente tão tenso.

Os trabalhadores têm mantido ações de protestos diários, enquanto a liderança sindical se reúne com os governos federal, estadual e municipal em busca de alternativas para convencer a Ford a voltar atrás.

Até agora, um grupo empresarial, o Caoa, anunciou ter interesse em negociar as instalação da fábrica no ABC paulista. O grupo do empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade é dono de revendas Ford, de uma fábrica que produz veículos da Hyundai sob licença em Goiânia e tem 50% de participação no Brasil da fabricante chinesa de carros Chery, com fábrica em Jacareí (SP).

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