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Suicídio cresce 15% em quatro anos no Brasil. Taxa é maior entre homens

Números foram extraídos da plataforma Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, lançada nesta terça-feira (29/9)

atualizado

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depressão suicidio
1 de 1 depressão suicidio - Foto: iStock

O número de mortes por suicídio a cada 100 mil habitantes cresceu cerca de 15% entre 2013 e 2017, segundo dados do Datasus, do Ministério da Saúde. Em 2013, a taxa de mortes por suicídio era de 5,23 a cada 100 mil habitantes e, quatro anos depois, em 2017, de 6,01.

Entre as cinco regiões brasileiras, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento no período, de 17,42%, passando a ter uma taxa de 7,04 suicídios.

Por outro lado, a região Sul apresentou o menor crescimento, de 10,69%. Ainda assim, tem uma taxa altíssima, de 9,64 mortes por suicídio a cada 100 mil hab.

Os dados foram extraídos do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, lançado nesta terça-feira (29/9) pelo Ipea, a Pnud Brasil e a Fundação João Pinheiro.

O sistema reúne mais de 360 indicadores socioeconômicos, como saúde, educação, trabalho e desigualdade, referentes a 17 mil localidades brasileiras.

A plataforma evidencia ainda que a taxa de mortes por suicídio foi cerca de 3,5 vezes maior entre homens (4,72%) que entre mulheres (1,28%), em 2017.

Aids

O Atlas do Desenvolvimento Humano mostra que a incidência de Aids, doença sexualmente transmissível causada pelo vírus HIV, também cresceu ao longo dos últimos anos.

Em 2013, cerca de 11,4 pessoas a cada 100 mil habitantes foram diagnosticados com o vírus. Em 2017, essa taxa passou para 12,8 – alta de 12% em quatro anos.

Segundo o sistema, a incidência de Aids em homens (3,73 por 100 mil habitantes) era quase duas vezes superior que em mulheres (1,9).

A população negra também é mais vulnerável à doença. Em 2017, a taxa de incidência de Adis foi de 6,92 para negros e de 5,05 para brancos.

A plataforma

O Atlas do Desenvolvimento Humano apresenta indicadores socioeconômicos baseados em informações de registros administrativos e inovações tecnológicas e de interação.

“As ferramentas técnicas são mais sofisticadas, a plataforma é mais rápida, promove a interação, permite a construção de gráficos com diferentes camadas”, diz a economista do Pnud Betina Barbosa.

A primeira edição do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil foi lançada em 1996. Desde então, outras duas versões foram lançadas, sendo a última em 2013. Esta é a quarta edição.

“A plataforma traz uma leitura dos diversos fatores sociais. É a primeira no Brasil que constrói a relação entre indicadores e agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável”, afirma Barbosa.

Os números são extraídos de ministério setoriais, como da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Datasus e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), por exemplo.

Busque ajuda

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

 

Arte/Metrópoles
Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.

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