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SP: “Seguramente vamos ter reforço da vacina todo ano”, diz secretário

Assunto foi tema de conversa entre o secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

atualizado

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Edson Lopes Jr/SECOM
Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo
1 de 1 Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo - Foto: Edson Lopes Jr/SECOM

São Paulo – O secretário municipal de Saúde da capital paulista, Edson Aparecido, disse, em entrevista ao Metrópoles, nesta sexta-feira (9/7), que a vacinação contra Covid-19 vai precisar de uma dose de reforço todos os anos. O assunto foi tema de conversa entre o secretário e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante visita de comitiva da Prefeitura de São Paulo a Brasília na última terça-feira.

Na ocasião, foi discutido também o início da imunização da população com idade entre 12 e 17 anos que “não deve demorar muito”, segundo secretário.

Leia a entrevista:

O calendário de vacinação será mesmo antecipado na capital?

Essa semana conseguimos vacinar todo dia uma faixa etária. Se mantivermos assim já é uma grande coisa, mas dependemos dos repasses de doses do estado para manter esse ritmo.

Quantas doses por dia são necessárias para manter esse ritmo?

Vamos precisar de uma média de 150 mil doses daqui para frente. Atualmente, precisamos de 90 a 120 mil doses por dia. A faixa mais pesada está entre os 30 e 40 anos, que vamos vacinar nas próximas duas semanas. Depois, quando chegarmos na faixa de 27 anos, a quantidade necessária cai de novo.

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Por que houve uma desaceleração no calendário?

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nos disse que o país vai receber 60 milhões de doses em julho e mais 60 milhões de doses em agosto, isso deve regularizar bastante o fornecimento, não vamos mais ter aquele sufoco ao menos para aplicar a primeira dose.

Vamos ter que tomar vacina todo ano?

A impressão que eu tive ao falar com o ministro Queiroga e com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] é que, seguramente, vamos precisar todo ano de uma dose de reforço. 

O ministro disse isso na reunião que tiveram em Brasília?

Sim, na última terça-feira. Falamos disso e também de como avançar o calendário [de vacinação], que é a maior preocupação, além de algumas demandas de leitos de UTI e a vacinação de 12 a 17 anos.

Como será feita essa vacinação?

Já temos autorização da Anvisa para vacinar de 12 a 17 anos com a Pfizer, e o ministro se disse favorável. Falta uma análise mais detalhada do PNI [Programa Nacional de Imunização] relacionada a calendário de recebimento de vacina, então, é algo que não deve demorar. Eu convidei o ministro para iniciar a vacinação dos adolescentes na capital e ele aceitou.

Como está a investigação da variante delta na capital?

Investigamos a família do paciente detectado com a variante, que já saiu da quarentena. Investigamos outras 22 pessoas com quem a família teve contato e apenas uma apresentou sintomas e foi testada.

Há transmissão comunitária da variante delta na cidade?

Ainda não confirmamos a transmissão coletiva. Encontramos esse paciente porque analisamos remessas de 400 amostras de testes positivos e ele apareceu em uma dessas análises. Como tivemos uma circulação grande da variante P1 na segunda onda, os epidemiologistas já haviam previsto a aparição de outras variantes.

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