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Serraglio recusa convite de Temer para assumir Transparência

Demitido no fim de semana do Ministério da Justiça, Osmar Serraglio volta à Câmara e vai desalojar o suplente Rocha Loures

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Osmar Serraglio Ministro da Justiça
1 de 1 Osmar Serraglio Ministro da Justiça - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Depois de um longo suspense, o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio (PMDB/PR) decidiu nesta terça-feira (30/5) que não vai aceitar o convite do governo para assumir o Ministério da Transparência no lugar de Torquato Jardim. Em nota, o peemedebista ratificou que não fará mais parte do primeiro escalão do governo federal.

Com a decisão de Serraglio de voltar à Câmara dos Deputados, ele desaloja Rocha Loures (PMDB-PR) da Casa, seu primeiro suplente. Loures também é investigado ao lado do presidente Michel Temer (PMDB/SP) em decorrência da delação de Joesley Batista, dono da JBS.

A avaliação de interlocutores de Temer é que, mesmo sem prerrogativa de foro privilegiado, o caso de Loures permanece no Supremo Tribunal Federal (STF), porque é atrelado ao presidente.

Loures está no olho do furacão da Lava Jato. Em gravações feitas por delatores da JBS, o deputado, ex-assessor de Temer, aparece carregando uma mala com R$ 500 mil pagos pelo frigorífico. O parlamentar também foi afastado do mandato pelo STF, bem como o senador Aécio Neves (PSDB/MG).

Aécio aparece em áudio gravado por Joesley Batista pedindo R$ 2 milhões ao dono do frigorífico. Rocha Loures, que se popularizou como “o deputado da mala”, também foi flagrado em escutas e vídeos gravados no âmbito da investigação da Lava Jato.

No domingo (28), o presidente Michel Temer nomeou para o Ministério da Justiça e Segurança Pública o professor Torquato Jardim, que estava à frente do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU).

Torquato substituiu Osmar Serraglio, que comandava a pasta desde março deste ano. O então ministro da Justiça teria sido pego de surpresa com a decisão de Temer. A avaliação de parlamentares da oposição é de que a mudança do presidente é estratégica, uma vez que Torquato já foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ter um controle maior sobre a Polícia Federal, que comanda as investigações da Lava Jato. No próximo dia 6, a Corte julga a chapa Dilma/Temer.

Além de ser considerado fraco perante a PF, Serraglio teve uma passagem pelo primeiro escalão marcada por polêmicas, entre as quais o fato de ter sido citado nas investigações da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março.

Leia a nota divulgada pelo ex-ministro Osmar Serraglio:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Agradeço o privilégio de ter sido Ministro da Justiça e Segurança Público do nosso País.
Procurei dignificar a confiança que em mim depositou.
Volto para a Câmara dos Deputados, onde prosseguirei meu trabalho em prol do Brasil que queremos.

Osmar Serraglio

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