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Sérgio Cabral é alvo de quinta denúncia na Lava Jato

Se a denúncia desta terça for aceita, serão 332 crimes, apenas de lavagem de dinheiro em duas denúncias, praticados pelo ex-governador

atualizado

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Carlos Magno / Governo do Rio de Janeiro
Governador Sérgio Cabral
1 de 1 Governador Sérgio Cabral - Foto: Carlos Magno / Governo do Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro apresentou nesta terça-feira (21/2) a quinta denúncia contra o ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB), preso desde novembro de 2016, no Complexo Penitenciário de Bangu (RJ). Nesta acusação, o peemedebista e seu grupo são acusados de 147 crimes de lavagem de dinheiro ocorridos entre 30 de agosto de 2007 e 28 de setembro de 2015 e que somam R$ 10,17 milhões.

Se a denúncia desta terça for aceita, serão 332 crimes, apenas de lavagem de dinheiro em duas denúncias, praticados pelo ex-governador.

Além do peemedebista, foram denunciados por lavagem o ex-assessor da Casa Civil do Governo do Rio Ary Filho, e Carlos Miranda, apontado como um dos operadores financeiros do esquema. Atualmente, Cabral e seus aliados já são réus em três ações penais na Justiça Federal no Rio e em uma ação na Justiça Federal no Paraná.

Ary Filho também foi denunciado por supostamente pertencer à organização criminosa, apontado como integrante do esquema de desvio de recursos públicos liderado por Cabral e investigado pela Força-Tarefa da principal operação de combate a corrupção da história do Brasil, a Lava Jato, no Rio de Janeiro.

A nova denúncia do MPF, resultado da Operação Mascate, aponta que Sérgio Cabral, Ary Filho e Carlos Miranda se valeram de três formas distintas para promover a lavagem de ativos em 147 oportunidades: transferências bancárias de concessionárias de automóvel de um colaborador para a empresa GRALC/LRG Agropecuária, de propriedade de Carlos Miranda, com a justificativa de prestação de serviços de consultoria de fachada; compra de veículos para a organização criminosa pelas empresas de um colaborador; compra de imóveis da organização criminosa pela empresa de um colaborador.

Os crimes de lavagem de dinheiro cometidos pelo grupo criminoso foram descobertos a partir de colaboração premiada, em que foram apresentadas provas de transações no valor de R$ 10,17 milhões, ocorridas entre 30 de agosto de 2007 e 28 de setembro de 2015.

“Os conjuntos de atos de lavagem de dinheiro narrados tinham por objetivo converter os recursos de propina em ativos de aparência lícita e/ou distanciar ainda mais de sua origem ilícita o dinheiro derivado de crimes de corrupção praticados pela organização criminosa”, diz o MPF em nota.

Além dos R$ 3,4 milhões pagos à GRALC/LRG Agropecuária a título de consultoria, a denúncia revela que os integrantes do esquema ocultaram a propriedade de um Camaro 2SS Conversível, avaliado em R$ 222,5 mil e de uma Grand Cherokee Limited, avaliada em R$ 212,8 mil, bem como de sete imóveis no valor de R$ 6,3 milhões.

Ary Filho era o responsável pela entrega do dinheiro em espécie, que depois era utilizado pelos colaboradores para pagar os serviços de fachada e adquirir os carros e imóveis em nome de suas próprias empresas.

“A denúncia versa sobre crimes de pertinência a organização criminosa e de lavagem de dinheiro cometidos no Brasil relacionado ao operador Ary Filho. Contudo, diante da grandiosidade do esquema criminoso, não esgota todos os crimes de lavagem de dinheiro cometidos no Brasil, nem tampouco todos os fatos praticados pelo grupo, que poderão ser objeto de novas denúncias”, explicam os procuradores da República.

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