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Segurança morto em shopping no RJ tinha medo do trabalho, diz sobrinha

Parentes afirmam que Jorge Luiz, de 49 anos, aceitou a vaga de trabalho porque precisava do dinheiro. Ele foi enterrado nesta segunda (27/6)

atualizado

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Reprodução/ Redes Sociais
Jorge Luiz Antunes
1 de 1 Jorge Luiz Antunes - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Rio de Janeiro – Parentes do segurança que foi morto durante um assalto a uma joalheria do shopping VillageMall, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, afirmam que ele aceitou o serviço apenas por precisar do dinheiro, mas que sentia muita insegurança em desempenhar a função. O corpo de Jorge Luiz Antunes, de 49 anos, foi enterrado na tarde desta segunda-feira (27/6) no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com a sobrinha Kênia Antunes, Jorge não tinha formação como segurança e tinha medo, mas a necessidade fez com que aceitasse o trabalho. “Ele sempre se sentiu inseguro. Mas ele dava o melhor dele. Tinha uns cinco anos que ele estava desempregado, e apareceu esse freelance. Como pai de família, tinha que trabalhar para trazer o sustento”, afirmou a sobrinha ao G1.

Jorge foi morto na noite do último sábado, dia 25, quando cerca de dez criminosos assaltaram o estabelecimento. De acordo com testemunhas, dezenas de tiros foram disparados e diversas pessoas se esconderam nos estoques das lojas.

Segundo a família do segurança, ele ganhava R$ 180 por diária e trabalhava sem o porte de arma. Sua função era abordar possíveis suspeitos. “Era uma diária de R$ 180 que custou a vida dele”, afirmou a sobrinha.

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Segurança à paisana e o medo

Ao Bom Dia Rio, da TV Globo, um dos filhos de Jorge contou que já exerceu a mesma função do pai, no Barra Shopping, que é administrado pela mesma rede, a Multiplan.

“A gente só ficava de plantão tomando conta. À paisana, normal. A gente ficava muito vulnerável”, contou Lucas Medeiros Antunes.

O cunhado de Jorge, Anderson Medeiros, também relatou ter trabalhado na mesma função e shopping que a vítima, há dois meses, mas que saiu em função do medo.

“Trabalhávamos com um rádio de comunicação à paisana. Através do monitoramento, quando entrava algum suspeito, era orientado via rádio para poder fazer um acompanhamento, para posteriormente fazer, se necessário, uma abordagem”, explicou.

“Não há porte de arma. Ninguém trabalha armado. Como você vai abordar um suspeito não sabendo qual a intenção dele?”, completou.

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