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Secretaria Especial do Esporte demite 524 terceirizados e entra em crise

Só no Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), que cuida da Lei de Incentivo ao Esporte, foram dispensadas 42 pessoas

atualizado

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Marcelo Camargo/ Agência Brasil
bolsa atleta
1 de 1 bolsa atleta - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Secretaria Especial do Esporte, que está no organograma do Ministério da Cidadania, vive uma crise interna, depois que o ministro Onyx Lorenzoni (DEM) decidiu que não renovaria o contrato que fornecia funcionários terceirizados para o antigo Ministério do Esporte. As informações são do Uol.

Ao todo, foram 524 pessoas demitidas, cerca de 2/3 dos funcionários, na sexta-feira (4/9) passada. Parte deles havia sido deslocada para outras áreas da Cidadania quando houve a fusão entre os ministérios.

Mas só no Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), que cuida da Lei de Incentivo ao Esporte, foram dispensadas 42 pessoas, de um total de 50 que trabalhavam no setor.

Restaram oito funcionários, dos quais pelo menos seis têm cargos de chefia. Ou seja: não há ninguém para avaliar os projetos apresentados ou para fazer analisar as prestações de contas.

“A atual gestão tinha zerado a fila de espera e ia fechar o ano com uma performance nunca vista em outros anos. E vai tudo por água abaixo. Muitos projetos ficarão sem análise e sem poder captar em 2020 e os que estão em execução vão enfrentar problemas e até terem que ser interrompidos”, diz Ana Moser, presidente do Instituto Esporte & Educação, que atende 5 mil alunos e mil professores de redes municipais de ensino graças a recursos captados pela Lei de Incentivo ao Esporte.

A tendência é o esporte parar, de acordo com pessoas de dentro da secretaria. A área que cuida do Bolsa Atleta perdeu 16 funcionários. Restaram dois. Muito provavelmente, de acordo com funcionários, os pagamentos para os atletas serão suspensos porque não há como operar o programa.

Estado de emergência

No setor que certifica entidades que cumprem ou não a Lei Pelé, eram oito funcionários. Ficou uma. Os 524 demitidos eram terceirizados pela empresa Brasfort Administração e Serviços Ltda, que venceu licitação em 2015 e assinou um contrato com validade de 60 meses, que venceu na última sexta. Devido ao estado de emergência, o governo federal pode renovar contratos do tipo por mais seis meses.

Nesta quarta, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, teve uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na tentativa de encontrar uma solução para o problema. Foi feita uma promessa de que na próxima sexta-feira (11/9) será lançada uma licitação para contratar nova empresa terceirizada.

Se tudo der certo e a licitação ocorrer sem questionamentos, novos funcionários poderiam ser contratados em janeiro. Até lá, a secretaria, na prática, vai parar. Procurado, Magalhães não respondeu os contatos da reportagem. A assessoria de imprensa do Ministério da Cidadania informou que 524 terceirizados foram desligados e que “o órgão está na fase final do processo de contratação de uma nova empresa para a prestação dos serviços”.

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