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Saúde promete recompor estoque de remédios para intubação em 72h

Após sucessivos alertas de hospitais e entidades, pasta garante que distribuição de mais de 20 fármacos será normalizada

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Equipamentos de UTI, com rocurônio e fentanil, dois dos medicamentos em falta e com alta elevação de preço no brasil
1 de 1 Equipamentos de UTI, com rocurônio e fentanil, dois dos medicamentos em falta e com alta elevação de preço no brasil - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Com hospitais enfrentando falta de remédios básicos para intubação de pacientes internados com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde prometeu restabelecer o estoque dessas drogas em 72 horas.

A reação da pasta ocorre após dois alertas da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). O mais recente indicou que a quantidade disponível duraria até quatro dias.

A crise no abastecimento ocorreu depois de o Ministério da Saúde requisitar toda a produção para o Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de remédios ocorre após o aumento de internações pela doença.

Segundo o órgão, “a logística híbrida com a integração pública e privada permitirá que os medicamentos estejam nos estabelecimentos de saúde em menos de 72 horas”.

A pasta enviou ao Metrópoles um cronograma de entregas que sanariam o problema (veja lista abaixo). O chamado kit intubação é composto por mais de 20 fármacos – entre eles, sedativos, analgésicos, bloqueadores musculares e outros.

“O Ministério da Saúde distribuirá mais de 2,8 milhões de unidades de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) para todo o Brasil, em parceria com três empresas fabricantes”, informa a pasta.

De acordo com o órgão, as entregas foram firmadas após reuniões entre a pasta e representantes dos laboratórios fornecedores dos medicamentos na segunda (22/3) e terça-feira (23/3). O fornecimento seguirá até 30 de março.

Ministério da Saúde requisitou, em 17 de março, estoques da indústria de medicamentos para suprir a demanda do SUS, diante da alta nas internações em todas as regiões do país.

Crise no governo

Nos bastidores do governo, o problema pode resultar na queda de um nome da Esplanada. O entendimento é que somente a substituição do ministro das Relações Exteriores, chanceler Ernesto Araújo, poderia apaziguar a relação brasileira com alguns países, como China, Índia e Estados Unidos — principais produtores de vacinas e insumos médico-hospitalares. A pressão é liderada pelos presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Estados e municípios vêm sinalizando para a falta de medicamentos destinados ao procedimento de intubação. Sete estados estão em alerta e, em outros seis, a situação é crítica – Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte têm o pior panorama.

Além dos hospitais particulares, a Associação Médica Brasileira (AMB) alertou para o desabastecimento. Ao participar da audiência pública da Comissão Externa da Câmara que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19, a diretora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, afirmou que a indústria nacional está “no limite” da capacidade de produção.

Confira o cronograma de entrega de remédios:
  • A empresa Cristália comprometeu-se a fornecer 1,26 milhão de unidades de medicamentos;
  • O laboratório Eurofarma também começou as entregas de 212 mil ampolas;
  • A farmacêutica União Química também enviará, até o dia 30 de março, 1,4 milhão de unidades de medicamentos.
Veja os medicamentos que compõem o kit intubação:
  • bensilato de atracúrio;
  • midazolam;
  • bensilato de cisatracúrio;
  • morfina;
  • cloridrato de dexmedetomidina;
  • norepinefrina;
  • cloridrato de dextrocetamina;
  • propofol;
  • diazepam;
  • rocurônio;
  • epinefrina;
  • suxametônio;
  • etomidato;
  • remifentanil;
  • fentanila,
  • sal citrato;
  • alfentanil;
  • haloperidol;
  • sufentanil;
  • lidocaína cloridrato;
  • enoxoparina;
  • heparina não fracionada (suína e bovina);
  • imunoglobulina;
  • pancurônio.

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