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Saúde investiga 11 eventos adversos em grávidas associados a vacinas

Governo decide só vacinar grávidas com comorbidades. Elas, por enquanto, não devem receber doses da Astrazeneca

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Vacina Grávida desenvolve trombose após tomar vacina AstraZeneca
1 de 1 Vacina Grávida desenvolve trombose após tomar vacina AstraZeneca - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em coletiva na tarde desta terça0feira (11/5), o Ministério da Saúde falou sobre os supostos eventos adversos associados à vacinas contra a Covid-19 em gestantes. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Franciele Francinato, a pasta investiga se 11 eventos estão relacionados à aplicação de doses em grávidas.

Segundo a pasta, dentre os eventos graves, oito estão atribuídos à Coronavac, dois à vacina da Astrazeneca e um à da Pfizer. Todos, no entanto, estão em investigação.

Enquanto isso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a decisão é restringir a vacinação somente às grávidas com comorbidades (doenças pré-existentes), e que elas devem receber apenas as vacinas CoronaVac e Pfizer. A determinação vale até que sejam concluídas as análises da morte de uma gestante de 35 anos por causa de um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC), que pode ter ligação com o uso da vacina distribuída pela Fiocruz.

Queiroga reiterou a confiança na segurança e eficácia das vacinas. “O Brasil já aprovou três vacinas. Todo o programa é coordenado. Tomamos conhecimento desses casos e estamos estudamos. Esse caso especifico de vacinação em gestante é o tipo de indicação que não consta na bula da vacina, todavia, considerando o número elevado de óbitos de gestantes no Brasil, o comitê, o qual não faço parte, decidiu incluir gestantes no PNI”, ressaltou.

Durante a coletiva, o médico Jorge Kalil, que também faz parte do comitê que assessora o Ministério da Saúde afirmou que não é só o Brasil que vacina grávidas. “Acontece em países como EUA e Israel. Não está claro que a vacina tenha sido a causa dessa trombose e desse AVC. Não existe essa causalidade. Exames vão sair durante essa semana para nos orientar melhor sobre isso”, afirmou.

Dados do Ministério da Saúde indicam que, no Brasil, 22.295 gestantes foram vacinadas, sendo 3.414 com a Coronavac, 15.014 com Astrazenica e 3.867 com Pfizer.

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