Saiba como foi briga em cela entre Monique Medeiros e Fernanda Bumbum
Monique Medeiros, presa pela morte de menino Henry, relatou briga dentro de cela com detenta conhecida como Fernanda Bumbum
atualizado
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Rio de Janeiro – Uma investigação interna conduzida pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) revelou um conflito dentro da Cela K, no Complexo Penitenciário de Gericinó, protagonizada por Monique Medeiros (acusada de participação na morte do filho, o menino Henry) e Fernanda Silva de Almeida, conhecida como Fernanda Bumbum.
Esta última realizava procedimentos estéticos ilegais e acabou presa por planejar a morte de uma rival no mercado clandestino em que atuava.

Arquivo Pessoal

Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico Reprodução

O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente Arquivo Pessoal

O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte Arquivo Pessoal

Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino Arquivo Pessoal

A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro Arquivo Pessoal

Semanas antes do crime ocorrer, a babá que cuidava de Henry alertou Monique, por mensagem, sobre um episódio em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando Arquivo Pessoal

Um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e o padrasto foram presos no Rio de Janeiro por atrapalharem as investigações. Segundo a polícia, eles estariam ameaçando testemunhas para combinar versões Divulgação

A polícia também afirma que eles teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investigações. Os aparelhos, no entanto, foram desbloqueados e mensagens de texto e imagens, recuperadas. Arquivo Pessoal

Depois do caso vir à tona, uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que durante o relacionamento com o vereador, ele agrediu a filha dela, que na época tinha 4 anos Agência Brasil

Em carta escrita na cadeia, a mãe de Henry afirmou ter sido manipulada, ameaçada e agredida por Jairinho durante o relacionamento. Segundo ela, o ex-namorado a medicava com ansiolíticos e chegou a flagrá-lo colocando remédio em sua bebida Arquivo Pessoal

Jairinho e Monique são acusados pela morte do menino Divulgação

Em depoimento de oito horas, Monique fez novas revelações, como a postura agressiva e controladora de Jairinho no relacionamento e a dificuldade de Henry para lidar com o divórcio dela e de Leniel Borel, pai da criança Aline Massuca/Metrópoles

Ao depor, a mãe do menino afirmou ter sido treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte do filho Aline Massuca/Metrópoles

Após a audiência de instrução, o caso aguarda para ser julgado pela Justiça. Jairinho e Monique são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica Aline Massuca/Metrópoles
Em depoimento, divulgado por reportagem do G1, Monique disse que a briga começou por causa de um adaptador de tomadas de uma outra detenta, que acabou jogado dentro da privada.
O episódio desencadeou discussão entre as sete detentas que ocupam a cela. E resultou em uma briga mais acirrada entre Monique e Fernanda Bumbum.
De acordo com o relato de Monique, a detenta a ameaçou de morte e acrescentou que “colocaria panos no seu rosto enquanto ela estivesse dormindo. Depois, a socaria até não acordar”.
Fernanda Bumbum negou as acusações feitas por Monique, mas, mesmo assim, acabou transferida para outra cela da mesma penitenciária.