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Receita entrega joias de R$ 16,5 milhões e PF inicia perícia

Segundo fontes na PF, joias já estão em Brasília. Nesta quarta, Bolsonaro passou por depoimento sorbe presentes da Arábia Saudita

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Imagem colorida mostra joias que foram dadas a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra joias que foram dadas a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita - Metrópoles - Foto: Reprodução

O estojo de joias no valor de R$ 16,5 milhões que estavam retidas na Receita Federal, em São Paulo, foram entregues à Polícia Federal. Os investigadores receberam o anel, colar, relógio e brincos de diamante oriundos da Arábia Saudita e começam a perícia para concluir um laudo com a descrição dos bens e qualidade das pedras.

Esse estojo foi o primeiro a ser apreendido no Aeroporto de Guarulhos, ainda em 2021, quando os materiais chegaram no Brasil na mochila do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Depois, descobriu-se que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu outros dois presentes da Arábia: o primeiro, o próprio Bolsonaro recebeu em 2019; o segundo presente veio junto com o estojo que foi apreendido, mas passou incólume pela fiscalização da Receita. Segundo fontes na Polícia Federal ouvidas pelo Metrópoles, as joias foram entregues na semana passada e já estão em Brasília.

Após 3h de depoimento sobre caso das joias, Bolsonaro deixa sede da PF

Depoimento

Na tarde desta quarta-feira (5/4), Bolsonaro compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar esclarecimentos sobre os presentes da Arábia Saudita. O ex-presidente permaneceu no prédio por pouco mais de 3 horas.

Além de Bolsonaro, prestaram depoimento outras nove pessoas, cinco delas em Brasília e quatro em São Paulo, todas na tarde desta quarta. Um dos depoentes é o antigo ajudante de ordens do ex-presidente da República, o tenente-coronel Mauro Cid.

Cid protagonizou uma das tentativas de reaver as joias que ficaram retidas com a Receita Federal. O objetivo da Polícia Federal ao marcar todos os depoimento no mesmo horário foi impedir que os investigados pudessem combinar o que dizer às autoridades.

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Desde que o caso veio à tona, Bolsonaro nega irregularidades e afirma que os objetos foram cadastrados no acervo da Presidência da República.

Ao desembarcar no Brasil na última semana, o ex-mandatário voltou a rebater as acusações de que queria esconder as joias. “Se eu quisesse camuflar, jamais descobririam isso aí”, disse.

Os presentes recebido da Arábia

Em outubro de 2021, uma comitiva do Ministério de Minas e Energia viajou à Arábia Saudita, entre os servidores que compunham o grupo estava o então chefe da pasta, ministro Bento Albuquerque. Na volta ao Brasil, a Receita Federal apreendeu um conjunto de joias que estava com o ajudante de ordens de Albuquerque, o militar Marcos André dos Santos Soeiro, no pacote, havia um colar avaliado em R$ 16,5 milhões.

Relatório de viagem de Bento Albuquerque à Arábia não menciona joias

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Depois da apreensão, o governo Bolsonaro teria tentado reaver o pacote de joias pelo menos quatro vezes, por meio dos ministérios da Economia, de Minas e Energia, e de Relações Exteriores.

Em uma quarta movimentação para recuperar os objetos, realizada a três dias de Bolsonaro deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar a Guarulhos. O homem teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

Bolsonaro também entrou em campo e chegou a enviar ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar que as joias fossem destinadas à Presidência da República. O documento foi assinado por Mauro Cid, ajudante de ordens e “faz-tudo” do ex-presidente.

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