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“Quero mais uma medalha”, diz Nurya Almeida, goiana que vai às Paralimpíadas

Após uma mudança radical na vida, Nurya Almeida viu no vôlei sentado um chance de recomeço. Aos 30 anos, ela busca sua segunda medalha

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
goias atletas volei sentado
1 de 1 goias atletas volei sentado - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Enquanto a cidade de Tóquio, no Japão, vive a movimentação dos Jogos Olímpicos 2020, em Goiânia, o clima é de expectativa para Nurya de Almeida Silva, de 30 anos, atleta da seleção brasileira de vôlei sentado, que embarca para as Paralimpíadas do Japão no próximo dia 7 de agosto.

Estudante de educação física, ela sofreu um acidente de carro em 2012 exatamente no dia da formatura e perdeu o movimento das pernas. Longe de se entregar, ela descobriu a modalidade de vôlei sentado e acabou encontrando no esporte a chance de um recomeço.

Nurya e outras três atletas goianas do vôlei sentado, Adria Jesus, Jani Freitas e Pamela Pereira, integram o time de 12 atletas da Seleção Brasileira de Voleibol Sentado. Elas viajam no dia 1º de agosto para São Paulo e de lá, para Hamamatsu, cidade japonesa onde o grupo fará a ambientação até o início dos jogos, no dia 24 de agosto. A competição segue até o dia 5 de setembro.

Representando Goiás na seleção brasileira de vôlei sentado desde 2014, Nurya sonha com a segunda medalha olímpica. “A expectativa é de mais uma medalha, dessa vez, de ouro. No Rio, em 2016, nós ficamos com o bronze, mas eu já me sinto uma vitoriosa só de estar nesse grupo e ter sido convocada para participar desse grande evento”, diz ela.

Nurya participou de dois jogos Parapanamericanos, em 2019 e 2015, conquistando um medalha de prata em cada edição.

Acidente de carro

Ao Metrópoles, Nurya contou que sofreu um acidente de carro, em 2012, aos 21 anos, no dia de sua formatura do ensino superior em educação física. Em razão do episódio, ela perdeu os movimentos das pernas. A atleta conta que passou cerca de um ano e meio em tratamento, para reaprender a se movimentar. Até então, ela não era atleta profissional de nenhum esporte especificamente.

“Com o acidente, a minha vida mudou completamente. Depois de muito tempo em recuperação, para reaprender a fazer praticamente tudo de novo, no dia que em que eu fui na loja procurar uma órtese [aparelho que alinha ou regula determinada parte do corpo e auxilia na função de um membro], o pessoal da loja me informou sobre o vôlei sentado e eu fui atrás. Desse dia em diante, eu passei a praticar o vôlei sentado e, desde 2014, comecei a fazer parte da seleção brasileira”, disse ela.

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Carreira e incentivo

A atleta, que também é servidora pública, conta que também disputa o campeonato brasileiro interclubes defendendo a Adap – Associação de Deficientes de Aparecida de Goiânia. Segundo ela, apesar de não receber salário do clube, é contemplada com o Pró-Atleta (benefício estadual) e o Bolsa Atleta (benefício federal)para que que se mantenha no esporte. Nurya não tem patrocínio individual.

Sonhos

A jogadora de vôlei contou que sempre foi uma amante dos esportes e também sempre quis conhecer o mundo. Ela só não imaginava que fosse dessa forma. Nurya já conhece mais de cinco países, entre eles Canadá, Peru, Holanda, Finlândia, Estados Unidos e Rússia.

“Eu sempre gostei muito de esportes, fiz educação física na faculdade, mas não tinha a dimensão de onde poderia chegar. Estou participando pela segunda vez do evento esportivo mais importante do mundo para qualquer atleta, isso é muito significativo”, completa ela.

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