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Queiroga cogita endemia e vacinação anual contra a Covid

A fala foi feita em entrevista à CNN. Queiroga ainda levantou a questão das fábricas de vacinas veterinárias como uma aposta do governo

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Minsitro da Saúde Marcelo Queiroga
1 de 1 Minsitro da Saúde Marcelo Queiroga - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O Ministério da Saúde já trabalha com a possibilidade de repetir anualmente a vacinação contra a Covid-19, segundo o chefe da pasta, Marcelo Queiroga. “É possível que se torne uma endemia e que tenhamos que vacinar a população brasileira anualmente”, afirmou o cardiologista em entrevista à CNN.

Para Queiroga, esse é um dos motivos da forte aposta do governo em fábricas de vacinas veterinárias. “Temos que fortalecer o nosso complexo industrial da saúde, para que tenhamos condição de produzir vacinas suficientes no Brasil. Não só o IFA nacional, mas também o banco de células”, completou.

“Que nós possamos participar do Covax Facility [consórcio da OMS para a compra de vacinas] não para adquirir vacinas, mas para fornecer”, considerou.

Fábrica de vacinas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, na última sexta-feira (16/7), lei que permite a produção de insumos farmacêuticos ativos (IFA) e de vacinas contra a Covid-19 em fábricas de medicamentos veterinários. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com a Lei nº 14.187/2021, a fabricação dos fármacos deverá seguir uma série de normas e protocolos sanitários e de biossegurança exigidos dos estabelecimentos que produzem vacinas para uso humano. Além do aval do presidente Bolsonaro, o texto conta com a assinatura dos ministros da Economia, Paulo Guedes, da Agricultura, Tereza Cristina, e da Saúde, Marcelo Queiroga.

As fases de produção, envasamento, etiquetagem, embalagem e armazenamento dos imunizantes humanos deverão ser realizadas em um espaço separado da área destinada aos itens de veterinária.

Segundo a nova legislação, caso não haja ambientes separados para a produção, “as vacinas contra a Covid-19 poderão ser armazenadas na mesma área de armazenagem das vacinas de uso veterinário, mediante avaliação e anuência prévias da autoridade sanitária federal e desde que haja metodologia de identificação e segregação de cada tipo de vacina”.

Vale ressaltar que, para produzir imunizantes humanos, o estabelecimento deverá ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que será responsável por controlar e fiscalizar a fabricação dos fármacos. Ainda de acordo com a lei, a Anvisa dará prioridade aos pedidos de autorização para manufatura, em plantas fabris veterinárias, de IFA e de vacinas contra a Covid-19.

“A autoridade sanitária federal deverá considerar e observar a capacidade de produção dos estabelecimentos referidos no art. 1º desta lei, de forma que não haja desabastecimento dos demais insumos por eles produzidos no país, os quais são necessários para a manutenção da regularidade sanitária”, atesta a legislação.

Aprovação no Congresso Nacional

A Câmara dos Deputados aprovou, em junho, o projeto de lei que autorizava a produção de vacinas contra a Covid-19 em fábricas de uso veterinário. A proposta é de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT).

O assunto era um dos temas discutidos entre o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e parlamentares. Em maio deste ano, o titular da Saúde e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, visitaram a sede do laboratório Ourofino Saúde Animal, em Cravinhos (SP).

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