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Queiroga: 87% dos efeitos adversos pós-vacina em adolescentes ocorreram por erro na aplicação

Ministério da Saúde afirma que irá acompanhar jovens que receberam doses não autorizadas pela Anvisa

atualizado

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O Ministério da Saúde afirmou, em entrevista coletiva do ministro Marcelo Queiroga na tarde desta quinta-feira (16/9), que, dos 1.571 casos de efeitos adversos após a vacinação contra a Covid-19 em adolescentes sem comorbidades, 1.378 ocorrências teriam sido causadas por erro de imunização – ou seja, pelo uso de vacinas não autorizadas pela Anvisa para esse público-alvo.

“Boa parte dos efeitos adversos aconteceram por esse erro de vacinação. O Ministério da Saúde vai ficar vigilante para acompanhar, até mesmo por busca ativa. Também vamos pedir aos secretários para acompanharem de perto”, reclamou Queiroga.

O ministro não descarta a possibilidade de rever o posicionamento de suspender a campanha, desde que haja evidências científicas sólidas para embasar a decisão. “Temos eventos adversos a serem investigados, temos esses adolescentes que tomaram essa vacina que não foi recomendada. Precisamos acompanhar esses adolescentes”, frisou.

Nos registros contabilizados em cada fórmula, a Coronavac responde por 650 efeitos adversos; a AstraZeneca, por 514; a Janssen, 22; por fim, a Pfizer, a única vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adolescentes, apresenta 334 ocorrências.

Segundo Queiroga, os adolescentes que foram vacinados com doses não autorizadas pela Anvisa serão acompanhados pela pasta.

Efeitos adversos são reações indesejáveis que ocorre durante ou após a vacinação. Na teoria, os efeitos mais relatados são dor no local do braço, febre, vermelhidão no local da aplicação, dor de cabeça, entre outros.

Campanha suspensa

O ministro voltou a pedir que os Executivos locais sigam a recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ele ainda alegou que a campanha acabou suspensa por “descontrole” em estados e municípios.

“Falei, de maneira reiterada, sobre a importância de se observar as recomendações do PNI. Temos um país continental, 26 estados, DF, 5.570 municípios. Precisamos falar o mesmo idioma, a mesma língua, senão não vamos progredir. Se cada um quiser falar uma língua, não vamos nos entender”, frisou.

Inicialmente, o governo federal pretendia vacinar 20 milhões de pessoas desse público. Segundo o balanço apresentado por Queiroga, 3,5 milhões de adolescentes já foram imunizados e cerca de 1,5 mil apresentaram efeitos adversos.

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