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Quadrilha do miliciano Ecko investiu cerca de R$ 8 milhões em armas

Estimativa foi feita com base em anotações encontradas na casa do miliciano, morto pela Polícia Civil na operação Dia dos Namorados

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1 de 1 contabilidade ecko - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Anotações encontradas na casa onde o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi morto pela Polícia Civil na operação Dia dos Namorados, no sábado (12/6), em Paciência, na zona oeste do Rio, revelam que o “Bonde do Ecko” investiu cerca de R$ 8 milhões em armamento pesado para a quadrilha.

As informações são dos investigadores das delegacias Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).

Nos textos, revelados pelo Jornal Extra, as 137 armas são descritas associando os modelos de fuzis e pistolas a criminosos e a 29 redutos da quadrilha no Rio e em municípios da Baixada Fluminense, como Belford Roxo e Itaguaí. O delegado Gustavo Rodrigues, titular da Desarme, conta que cada um dos 98 fuzis AR-15 citados custa, aproximadamente, R$ 70 mil.

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Além dos fuzis, o criminoso também relacionou 32 tipos e modelos diferentes de pistolas, armas que são traficadas para grupos criminosos por cerca de R$ 10 mil – algumas delas, indicam os policiais, podem ter como origem a revenda feita por policiais a partir de apreensão das armas com bandidos de quadrilhas rivais, o chamado “espólio de guerra”.

Também são listados carregadores e munição.

Comunidades

Entre as comunidades citadas nas anotações estão a Caroba, referência à Estrada da Caroba, próximo à comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na zona oeste da cidade, onde estariam oito fuzis AR-15, 31 carregadores para esse tipo de armamento, outros 11 carregadores para fuzis calibre 7.62 e 740 balas.

Já Santa Maria está abastecida com quatro AR-15 e 22 carregadores. Em Campinho, criminosos contam com quatro AR-15, uma pistola e 100 balas de calibre 556.

As 61 páginas de escritos com o inventário de armamento e contabilidade da quadrilha seguem sendo periciadas e estudadas pela polícia, que ainda não identificou, oficialmente, o sucessor do miliciano morto.

A operação que resultou na localização e morte de Ecko foi marcada após a junção de inquéritos, há seis meses, formando uma força-tarefa que identificou a data comemorativa dos namorados como a ideal para a prisão do criminoso, que visitou a esposa – e levou uma joia como presente, que também foi apreendida –, e os filhos.

Ecko reagiu, tentou fugir e foi baleado. Durante o socorro, dentro de uma van, o miliciano tentou sacar a arma de uma policial feminina que fazia sua escolta e foi novamente baleado antes de ser transportado de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde já chegou morto.

O corpo do miliciano foi enterrado no domingo, no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, e contou com cinco minutos de queima de fogos de artifício. O policiamento na região segue reforçado pela Polícia Militar.

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