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Punks de Belém acusam Moro de censura por cartaz anti-Bolsonaro

Organizadores de festival relataram ter sido intimados a prestar depoimento na PF. Ministro da Justiça nega pedido, mas aprova investigação

atualizado

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1 de 1 Screenshot_41765 - Foto: Reprodução/Facebook

Organizadores de um festival de rock e punk que ocorre em Belém desde 2017, o Facada Fest, acusam o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de “censura” e “perseguição” após receberem intimações da Polícia Federal para prestar depoimento. A razão relatada em posts no Facebook é de que cartazes do evento, como o que mostra um palhaço Bozo com a faixa presidencial empalado em um lápis (foto em destaque), teriam sido avaliados pelo ministério como “apologia de crime” e classificados como “crimes contra a honra” do presidente Jair Bolsonaro.

No texto, os paraenses alegam que a investigação começou depois de despacho assinado por Moro e pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. “Com tantos problemas ocorrendo neste momento no país – motim das policias militares, degradação ambiental na Amazônia e os indícios cada vez mais fortes de ligações entre políticos e milicianos – causa-nos espanto o uso do aparato judicial e policial de nosso país na repressão de um festival de música. Criminalizando a atividade artística e a liberdade de expressão, garantidas pela Constituição de 1988, a Constituição Cidadã”, assinala o texto, publicado no último dia 24 de fevereiro.

“Seguiremos em frente. Certos de que o bom senso e a justiça prevalecerão. E que, em respeito a nossa Constituição, o direito à atividade artística e à liberdade de expressão será assegurado”, prossegue o texto.

Ao jornal Folha de S.Paulo, o ministério de Moro confirmou o pedido para a PF agir. Moro, porém, no fim da noite desta quinta-feira (27/02/2020), foi ao Twitter negar que o inquérito tenha sido aberto por iniciativa dele – mas defendeu a investigação e afirmou que “poderia ter sido”. “Publicar cartazes ou anúncios com o PR ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão.É apologia a crime, além de ofensivo”, escreveu o ministro – sem esclarecer por qual razão a pasta confirmou ao jornal o pedido para abertura da investigação e de quem então teria partido o pedido.

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