Prisão de brasileiros impediu que EI se instalasse na América do Sul

O governo espanhol revelou que os 11 brasileiros detidos acusados de promover o grupo extremista Estado Islâmico integravam a primeira célula a fim de fincar raízes do grupo radical na América do Sul. Alguns deles tinham projetos de viajar para o Oriente Médio e guardavam manuais de como produzir bombas. As informações são do jornal  O Estado de São Paulo.

Conforme antecipado pelo veículo, o inquérito em Madri começou em 2016, quando os agentes do Serviço de Informação “localizaram vários grupos de usuários que compartilhavam conteúdos próximos ao jihadismo violento”.

“Esta infraestrutura de propaganda e radicalização do grupo terrorista EI estava integrada por usuários de diferentes países, entre os quais se encontravam cidadãos brasileiros”, diz uma nota emitida pelas autoridades do país europeu nesta manhã de sexta-feira (17/5).

Denunciados pelo MPF
Nessa quinta-feira (16), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 11 brasileiros pela formação de uma organização criminosa e por promoção do EI no país. Para o MPF, houve tentativa de recrutar jihadistas para se juntar ao grupo terrorista na Síria, discussões sobre atentados no Brasil e planos de formar uma célula nacional do EI.

Cinco dos envolvidos também respondem pelo crime de corrupção de menores, que teriam sido recrutados pelo grupo. A denúncia tem como base conversas que eles mantinham em aplicativos de mensagem e redes sociais, interceptadas pela Polícia Federal.

A denúncia é resultado da Operação Átila, da PF, que correu em sigilo até março. O inquérito serviu de base para a acusação do MPF. Ao menos sete pessoas foram detidas desde outubro e outras deram depoimento após condução coercitiva. (Com informações da Agência Estado)