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PRF anuncia marcha nacional em 1º de junho para cobrar reestruturação

Movimento de coordenação nacional será feito em Brasília. Categoria realizou assembleia na noite desta quarta (4/5) e aprovou a manifestação

atualizado

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Divulgação/PRF
Viatura PRF
1 de 1 Viatura PRF - Foto: Divulgação/PRF

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) aprovou, na noite desta quarta-feira (4/5), a realização de uma “marcha nacional” para unir a categoria em todo o país. O movimento, que objetiva pressionar o governo federal pela reestruturação da carreira, está marcado para ocorrer em 1º de junho, em Brasília (DF).

Dovercino Neto, presidente da organização, afirmou ao Estado de S.Paulo que a categoria vai se mobilizar por meio de comentários em massa nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo é expor o descontentamento dos policiais com o chefe do Executivo federal, que voltou atrás após prometer reajuste para as carreiras policiais.

Os funcionários da PRF também devem montar acampamento na capital federal no dia da manifestação. De acordo com o jornal, a FenaPRF continua a se reunir nos próximos dias e não descarta a possibilidade de adotar a operação-padrão, atuação de forma mais demorada e burocrática nos serviços.

Ameaça de cruzar os braços

Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) informou, pela manhã, que aprovou medidas em reação ao recuo de Bolsonaro. Entre elas, estão a realização de paralisações e o pedido de renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

O calendário de greves será definido entre os delegados e as demais categorias da Polícia Federal. Mais tarde, a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) entrou em contato com a reportagem e afirmou não ter participado da assembleia nem aprovado a paralisação.

Em relação a Torres, a associação aponta que, “pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro”, ele será pressionado a renunciar. Ficou decidido ainda que policiais federais poderão entregar seus cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos.

“É importante destacar que a segurança pública foi a maior bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição”, diz nota da ADPF.

Bolsonaro havia garantido a reestruturação da PF e, por isso, os policiais tinham a expectativa de receber um reajuste salarial entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos anos. No entanto, agora, o Executivo federal sinaliza que a promessa não será cumprida.

Funcionalismo em greve

Além da PF, outros órgãos estão insatisfeitos com a posição do governo Bolsonaro. Os servidores do Banco Central retomaram a greve por tempo indeterminado. Os funcionários, que já ficaram 19 dias parados em abril, se unem aos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), que também pararam em busca de reajuste salarial e reestruturação das carreiras.

O valor de 5% proposto pelo governo é considerado inadequado pelos servidores. A porcentagem mínima, para repor as perdas salariais sofridas, segundo eles, desde o início da atual gestão do Palácio do Planalto, seria de 19,99%, chamado de “reajuste salarial emergencial”.

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