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Prates nega que Lula tenha ordenado corte de dividendos da Petrobras

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, negou, nesta segunda-feira (11/3), a intervenção de Lula em decisões sobre dividendos

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Jean Paul Prates e Lula - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PT

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, negou nesta segunda-feira (11/3) que o Lula (PT) tenha ordenada o corte de R$ 14,2 bilhões em dividendos extraordinários da petrolífera, que resultou na perda de R$ 55,3 bilhões em valor de mercado após frustrar as expectativas dos acionistas. A informação é do blog da Andréia Sadi.

“O presidente não deu nenhuma ordem sobre a questão dos dividendos. Nós estamos discutindo isso com o acionista majoritário dentro dos espaços possíveis. Houve uma discussão a tempo do anúncio do balanço, havia necessidade de fechar o balanço. E foi definido que a gente adiaria a discussão”, afirmou Prates.

Os dividendos equivalem a uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. No balanço financeiro de 2023, divulgado na quinta-feira (7/3), a companhia anunciou uma redução de 33,8% nos lucros em 2023 e de 66% de dividendos. Os R$ 14,2 bilhões, dos R$ 72,4 bilhões estimados, ainda necessitava de aprovação da Assembleia Geral Ordinária estatal.

O Conselho de Administração da Petrobras propôs o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas. A proposta visava distribuir uma fatia maior do lucro aos investidores, porém, os representantes do governo votaram contra, resultando na rejeição da medida.

Prates minimiza a discussão

Prates expressou a necessidade de decidir sobre o destino dos dividendos. Ele afirmou que os dividendos extraordinários remanescentes de 2023 “não podem ser usados para outra coisa” e minimizou a discussão, chamando-a de “espuma”.

“Ficamos com aquela decisão pendente. Os dividendos extraordinários, é bom que se diga, se distribuem 100% para os acionistas todos, inclusive o governo, que tem 37% disso, ou fica tudo numa conta de reserva. Eu parti com a diretoria para uma proposta intermediária, uma proposta de 50% a 50%. A gente divide uma metade, distribui, afinal esses acionistas também acreditaram na nossa gestão”, diz Jean Paul Prates.

Apesar da negativa oficial do presidente da Petrobras em comentar sobre o assunto, a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, apurou que Lula teve participação direta na decisão, arbitrando pessoalmente para que a empresa não distribuísse dividendos extras.

Lula determinou que todos os membros do conselho votassem alinhados com o governo, ou seja, contra a proposta de dividendos. No entanto, o presidente da Petrobras, Prates, optou por se abster na votação. A postura do presidente da Petrobras desencadeou pressões de uma ala do governo Lula para sua saída do comando da empresa.

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