Por falta de remédio, pacientes são amarrados em macas para intubação
Em falta nas UPAs de Curitiba, medicamentos são usados para manter os enfermos imóveis, durante o tratamento contra a Covid-19
atualizado
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O fim do estoque de neurobloqueadores utilizados no processo de intubação, em unidades de pronto atendimento (UPAs) de Curitiba (PR), exigiu que os profissionais da saúde adotassem uma medida extrema: eles tiveram que amarrar os pacientes às macas. A informação é do portal O Plural.
Segundo a reportagem, os medicamentos em falta são atracúrio, cisatracúrio e rocurônio, usados após a intubação, para manter o paciente imóvel.
Esses fármacos são usados em pacientes intubados, para promover o relaxamento da musculatura e, assim, reduzir o risco de danos às cordas vocais e demais estruturas das vias aéreas.
Quando o paciente se movimenta, há também o risco de redução da eficácia da ventilação, resultando na diminuição do índice de oxigenação em pacientes Covid-19.
Segundo a secretaria municipal de Saúde, “desde 2020 há uma escassez, no mercado, dos medicamentos neurobloqueadores (usados para evitar movimentos involuntários do paciente intubado), como o fármaco de uso hospitalar rocurônio. Portanto, há necessidade de uso racional por todos os serviços de saúde, inclusive UTIs hospitalares”.